Relatório das ações do projeto na oficina de capacitação de gestores
públicos e agentes sociais.
Data: 03/09/2015
Local: Escola Municipal
Barbara
de Souza Morais
Endereço: Av. Uruguaiana, nº 42, Jardim Novo Mundo, Goiânia - GO
Nº de Participante: 65
pessoas
A operacionalização da
oficina, aconteceu na ONG Dandara, com a organização das pastas, fichas, dos
recursos materiais (cartolinas, canetinhas, folha branca, cola, tesoura);
banners e recursos áudio-visual (notebook, data-show e caixa de som). Houve o
preparo do lanche sendo este acondicionado em recipientes próprios para
armazenamento e transporte. Todas as responsáveis e responsáveis se encontraram
e foram juntas (os) a instituição de ensino.
A ornamentação do espaço
Foi realizada oficina em
prol da promoção da equidade racial, no dia 03 de setembro de 2015 das 18h ás
22 h na Instituição de Ensino Escola Municipal Barbara de Souza
Morais, com 65 discentes da Educação de Jovens e Adultos. Ministraram a oficina
representando a ONG Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado a Fábia
Cristiani Marçal Albino (pedagoga); a SUPPIR Arilene Martins (Educadora);
Marcos Dantas de Souza (psicólogo), Ariana Letícia Oliveira Tozzatti
(Fotografa), Equipe de capacitação.
O Grupo Dandara, organiza o espaço para
acolher os alunos e servidores da escola com muita beleza, com tecidos, banner,
exposição de livros e os materiais. Fábia Cristiani acolhendo os participantes
e fazendo a inscrição na oficina, bem como entregando o kit educativo.
É muito importante ver a participação das pessoas neste processo de aprendizagem.
Espaços acolhedores!!!!
Juventude participativa!!!!
As fichas foram preenchidas individualmente e
com o auxílio, quando necessário, das representantes da ONG Dandara.
Gente que acredita na luta em prol da igualdade racial.
O Diretor da Escola, antes
de Iniciar a oficina da às boas vindas à equipe e diz da importância desse
trabalho nas escolas em seguida a equipe se apresenta do Grupo da Dandara no
Cerrado e da SUPPIR GYN se apresentam e apresenta a proposta da Oficina.
Grupo muito grande, mas com capacidade de ouvir.
A Equipe sabe contribuir e abraçar estas oficinas com todos os desafios.
O segundo momento houve a apresentação da ONG e a explicação de a
importância em preencher a “Ficha de Inscrição” e a “Lista de Chamada”; A
Equipe explica o objetivo da oficina de forma bem simples e sucinta
A fala da direção da escola e muito
importante para a equipe de capacitação e as ações da oficina. Sinal de
compromisso com a luta em prol da igualdade racial.
Arilene Martins da Equipe da SUPIRGYN fala da importância deste trabalho que vem sendo desenvolvido e agradece as direções das escolas que abriram as portas para esta discussão.
Em seguida, Marcos Dantas um dos
facilitadores da oficina, faz uma reflexão sobre o corpo e provoca o grupo, perguntando qual é o modelo
de beleza que temos no Brasil? Branco, alto loiro e olhos verdes, esse modelo,
é um modelo dos país europeu, na realidade nosso povo ao é assim. A idéia de
trazer os americanos para o Brasil foi com a proposta de embranquecimento da
raça, é uma forma de racismo, tendo a pele menos escura seria mais aceito,
menos feio, porque os negros eram tido como pessoas que tinha pouca
inteligência.
Todos estão atentos as falas...
A oficina se deu em 5
momentos, no primeiro houve apresentação do cronograma da oficina e das
oficineiras (os) isso e muito bom no inicio dos trabalhos na oficina
A oficina tem sido de grande riqueza na comunidade escolar
A dinâmica de socialização
com as (os) discentes onde através da percepção das características fenotípicas
do próprio corpo houve a intersecção com a necessidade em reconhecer e
respeitar as diferenças; o quarto ocorreu de forma expositiva e dialogada onde contextualizou-se
a dimensão político-cultural da Diáspora Africana no Brasil, as iniquidades
raciais, o racismo e o racismo institucionalizado nas práticas e concepções no
cotidiano da sociedade brasileira.
Exibição
de um filme - “Diz Ai”.
Momento aberto para
questionamentos e o material educativo foi entregue na chegada
Muita participação e alegria com a realização
deste trabalho na instituição. Houve falas produtivas, mas também falas que aparecem
discriminações contra gays, lesbiscas, negros e outros.
Uma aluna após o filme, diz que “este país
respira a cultura negra tudo aqui tem influencia da cultura negra”.
Tirada a fotografia com todas (os) as (os)
discentes e realizada a avaliação com uma amostra de discentes.
A educadora Arilene,
representante da secretaria de DH- Superintendência da Igualdade racial amplia
o debate, dizendo que a forma como a sociedade trata a pessoa negra, é a grande
responsável pela baixa estima dos negros e negras desse país. Cultivar a
cultura do povo negro é fortalecer nossa identidade, hoje temos poucos espaços
de cultivo dessa cultura as escolas que é um lugar de construção da ideologia
da juventude, não tem feito esse papel porque a nossa educação ainda é uma
educação burguesa.
A essência do negro é de ser livre e isso
vemos no seu corpo como um todo, quando vemos os movimento da capoeira, ou uma
negra ou negro dançando são movimentos livres grandes, é essa concepção de
liberdade também passa pela concepção de educação para sermos livre, porém o
sistema capitalista burguês. Até hoje não nós quer livre, por isso vivemos em
um pais racista, e com tanta intolerância, contra os negros, contra as
religiões de matriz africana, contra os homossexuais e os pobres.
A
oficina contou com a participação das (os) discentes, onde foi possível
perceber a deficiência no processo de ensino-aprendizagem, onde muitas (os)
demonstraram dificuldade de preencher a ficha/lista e de compreender o “quesito
cor/raça” enquanto identidade individual/coletiva.
Nota-se a importância em dar continuidade a atividades que transcendam o essencialismo científico eurocêntrico e o racismo
institucionalizado, permitindo que a história seja contada por sua/seu
protagonista, corroborando com um olhar real com significado, o que permitirá a
comunidade escolar transitar pelo contexto social, histórico e cultural
diaspórico Africano e Afro-brasileiro, como forma de potencializar nossa negra
identidade; sendo a oficina uma das estratégias de promoção da equidade racial
e igualdade de direitos, ao arcabouço histórico, patrimonial material/imaterial,
cultural e artístico oriundo da negra ancestralidade
A equipe servido o lanche e as pessoas vão
comendo e depois vai para casa.
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