terça-feira, 24 de abril de 2018

"Investiga Menina" Elas Nas Exatas, venha participar!



Release


O Projeto “INVESTIGA MENINA! ” Promove ações coletivas para o benefício da comunidade escolar, com vistas a proporcionar experiências e informações sobre a contribuição das mulheres para a criação de recursos científicos e tecnológicos. Neste escopo, este projeto advoga pela melhoria da visão crítica e da formação das professoras/es, alunas e alunos, direção, corpo pedagógico e responsáveis legais (pais, mães, avós, avôs dentre outros).

Na estrutura organizacional definida para desenvolvimento do plano de ações e metas do Projeto contamos com um Colegiado de Gestão Partilhada composta por membros da direção da escola, professoras e membros de nossas ONGs.

A metodologia participativa utilizada vem sendo utilizada em outros projetos exitosos. Esta se desenvolve de forma multidisciplinar e integra diverso saberes e linguagens. Neste escopo, iremos elaborar uma página na rede social vinculada as páginas das Universidades envolvidas no projeto com o objetivo de disseminar as trajetórias de mulheres cientistas e que tenha participação direta das estudantes do ensino médio, por meio de pesquisa bibliográfica e entrevistas semiestruturadas, que são parte basilares de todo e qualquer projeto de pesquisa, ou seja, uma prática da investigação científica.

Para isso teremos:
·         Reuniões periódicas do colegiado de gestão partilhada
·         Desenvolvimento das ferramentas das tecnologias
·         Desenvolvimento dos OVAs
·         Elaboração do Layout das Unidades de Aprendizado
·         Vivências interculturais em produção de ciências

O projeto Investiga Menina é um dos 10 projetos apoiados no programa Gestão Escolar para equidade ELAS nas Exatas este ano, que é resultado de uma parceria entre: Fundo ELAS, Instituto Unibanco, Fundação Carlos Chagas e ONU Mulheres. Neste programa O Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado, o LPEQI/UFG, o Coletivo Ciata, o Colégio Estadual Solon Amaral, estamos juntas e em rede em todo o Brasil pela garantia da equidade de gênero em todos os espaços.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Saúde das Mulheres Negras/Desafios e Racismo

http://populacaonegraesaude.blogspot.com.br/2018/04/por-que-mulheres-negras-sao-as-que-mais.html

por Isabela Cavalcante no Metropoles
A tenista Serena Williams escancarou os dados relacionando racismo e mortalidade materna nos EUA. No Brasil, a realidade não é diferente



Serena Williams emocionou os seguidores de suas redes sociais após falar das dificuldades sofridas no pós-parto. A tenista, de 36 anos, deu a luz ano passado a sua primeira filha e quase morreu devido a uma embolia pulmonar.
Ao tentar alertar os médicos, a americana foi tratada com descaso até conseguir o devido tratamento. A situação motivou a atleta a divulgar sua história e falar sobre racismo e as estatísticas de mortalidade no parto.
A atleta disse que teve sorte de ter acesso à saúde de qualidade, diferente de outras mulheres negras. “Os médicos não nos escutam, para ser franca. Talvez esteja na hora de ficarmos confortáveis em ter conversas desconfortáveis. Tem muito preconceito na situação, isso precisa ser resolvido”, contou.
Nos Estados Unidos, mulheres negras têm três vezes mais chances de morrerem devido ao parto. No Brasil, 60% das vítimas de mortalidade materna são negras (pretas e pardas) e 34% são brancas, segundo o Ministério da Saúde. Os números refletem o óbito durante a gravidez, o parto e o aborto.
“Apesar do sistema não legalizar o racismo, sua prática tem como premissa atender mulheres de forma diferenciada por conta da cor da pele”, aponta Emanuelle Goés, enfermeira, doutora em saúde pública, dona do blog População Negra e Saúde e colunista do Blogueiras Negras. Os mitos de que negros toleram mais dor e não podem ser tocados porque são “sujos” continuam presentes nas universidades, segundo a doutora.

O racismo possui raízes antigas, mas continua sendo repassado com os ensinamentos do “pai da ginecologia”, J Marion Sims. “Ele abria mulheres negras grávidas para fazer experimentos, realizava cesáreas sem anestesia. Existe essa história já construída e ela faz parte do processo de como uma pessoa negra é atendida no sistema de saúde”, conta Emanuelle. Várias mulheres operadas por Sims morriam também devido à infecções, porque ele não prescrevia cuidados pós-cirúrgicos. 

“As estatísticas demonstram uma violência institucionalizada. Mulheres negras são privadas do direito e do acesso à saúde. Isso se aplica à população negra em geral, mas é mais latente com as pretas e pardas, em particular”, diz Rebeca Campos Ferreira, doutoranda em antropologia e perita em antropologia no Ministério Público Federal. Para ela, os dados são desumanizadores por tratarem de mortes evitáveis e demonstrarem um genocídio.

Em seus trabalhos de campo em comunidades quilombolas, Rebeca relata ter ouvido muitas histórias de abuso e violência obstétrica. “Escuto mulheres negras falando terem ouvido, durante o trabalho de parto: ‘na hora de abrir as pernas não doeu'”, conta. “Uma jovem dizia ter sido duramente agredida verbalmente por uma enfermeira, foram ditas coisas como ‘deu para branco e não deve nem saber quem é o pai’, ‘essas pretas dão para todo mundo’. Precisamos pensar também sobre a supersexualização da mulher negra”.

 As agressões não ocorrem só no momento do parto. Estaticamente, essas mulheres têm menos acesso a cuidados pré-natal e recebem menos anestesia. Um pouco mais da metade das grávidas negras realizam as sete consultas indicadas durante a gestação, revelou um artigo da Universidade Federal de Minas Gerais. Cerca de 62% das pretas e pardas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foram orientadas sobre amamentação, enquanto 78% das brancas receberam esse serviço, segundo pesquisa do Ministério de Saúde.

“A intersecção das discriminações de gênero e cor pioram o acesso aos serviços de saúde reprodutiva. O racismo causa mais morte materna, impacta no número de grávidas adolescentes e diminui o conhecimento sobre os métodos contraceptivos”, fala Emanuelle. “Ainda não se sabe o que acontece com as mulheres negras durante o pós-parto, há um grande índice de morte ligada ao puerpério, isso deve ser investigado”, diz a doutora. 

Rebeca explica que existem instrumentos legais para garantir igualdade, mas na prática isso é diferente. “A execução fica prejudicada pelo racismo e pelo machismo. Enquanto não houver clareza, não serão tomadas medidas para mudar essa realidade. É preciso enfrentar que o racismo na saúde existe e mata, é preciso conscientizar e capacitar os profissionais da área”.



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Postado por Blogger no 
População Negra e Saúde em 4/18/2018 05:14:00 PM

quinta-feira, 19 de abril de 2018

04/04/2018 Homenagem às Mulheres Empreendedoras Goianas

Mulheres empreendedoras
Por iniciativa do deputado Francisco Junior, a Assembleia Legislativa realizou sessão solene em homenagem às empreendedoras de Goiás. O evento teve lugar no Plenário Getulino Artiaga, no dia 04 de abril de 2018.

Mesa da solenidade
Fazem parte da Mesa Diretiva a assessora especial da Governadoria, Lamis Cosac; a presidente Fundadora da Rede Goiana da Mulher Empreendedora, Ludymilla Paula Rocha Lopes; a presidente do grupo de Mulheres do Brasil, Helena Barbosa Machado Ribeiro; o presidente do Partido Social Democrático de Goiânia, Dagoberto de Menezesa; o chefe da Assessoria do Gabinete da Procuradoria Geral do Estado, Bruno Bezerra.

Hoje, estamos aqui para homenagear vocês, empreendedoras goianas que lutam e realizam para avançar a economia do nosso Estado. Ser pioneira em áreas muitas vezes dominadas pelos homens é algo que as torna especiais. Antes de vocês todas as empresas eram erroneamente exclusivamente criadas e administradas por homens. E vocês empreendedoras goianas mostraram, com trabalho, com dedicação e esse olhar especial que somente as mulheres têm, que existe muito o que conquistar no empreendedorismo. Hoje, na economia do nosso Estado não se pode falar de empresas, empreendimentos e inovação, sem falar do poder feminino em todas as áreas”, declarou.

Momento do Hino Nacional 
Após o início da solenidade, marcado pela execução do Hino Nacional pelos músicos Elen Lara e Damon Farias, o deputado proferiu seu discurso. Ele ressaltou que a força das mulheres empreendedoras é incentivadora para um País melhor.
Na sequência, os músicos Elen Lara e Damom Farias apresentaram as músicas Sonho Impossível, de Chico Buarque, e Maria Maria, de Milton Nascimento.
A sessão especial teve por objetivo agraciar 39 mulheres com certificado em reconhecimento aos relevantes serviços prestados por mulheres que conquistaram seu espaço no mercado de trabalho, em todos os níveis, como funcionárias, gestoras, diretoras e empresárias de destaque no mundo corporativo.

Fala da Coordenadora da Rede de Mulher Empreendedora
Presidente fundadora da Rede Goiana da Mulher Empreendedora, Ludymilla Paula Rocha Lopes falou em nome das homenageadas durante sessão solene, na noite desta quarta-feira, 4. Ela agradeceu a homenagem ao deputado Francisco Jr (PSD).
Ela também dedicou a sessão a Maria das Graças Nascimento Vale, mãe do deputado; a Berenice Artiaga, primeira deputada eleita do Estado de Goiás e a Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro. Todas as homenagens póstumas.

“Encontramos aqui hoje, neste Plenário, mulheres fantásticas sendo reconhecidas por suas grandezas. Para nós, afirmarmos a nossa causa na Casa do Povo nos qualifica como verdadeiras cidadãs. Com orgulho poderemos empunhar a bandeira do empreendedorismo e desenvolvimento no País”, disse.

Homenageadas
1. Ana Carolinne Moreira Oliveira Soares
2. Ana Patrícia de Mattos Afonso de Oliveira
3. Anna Carolina Almeida Viana
4. Ariany Cavalcanti Lionel
5. Celi de Oliveira Silva
6. Daniella Mendonça Rodrigues
7. Débora Cristina Pelles de Oliveira
8. Denise de Oliveira Resende
9. Dercilene Pereira Fonseca Fernandes
10. Elen Regina Lara Rocha Farias
11. Gabriela Azeredo Santos
12. Gecilaine de Fátima Rodrigues
13. Gleusa Barcellos Sousa
14. Helena Barbosa Machado Ribeiro
15. Helena Teresa Martins Aguiar
16. Heloisa Araújo Mello Oliveira Reis
17. Isabel de Almeida Prado Catunda
18. Janete Soares Bernardes
19. Kássia Toscano
20. Lara Costa Roriz
21. Lindelci Rodrigues Fernandes Bessa
22. Lucia César Franco Lúcia Franco
23. Luciana Machado Villela Toledo
Amizade e sabedoria é tudo nesta caminhada. Sentindo muito agradecida neste momento.

24. Luciene Vitoria Lima Batista
25. Ludymilla Paula Rocha Lopes
26. Márcia Fabiana Lemes Póvoa
27. Maria Célia Siqueira
28. Maria Christina Dias Matos
29. Maria Cristina Machado Rocha
30. Marta Cezaria de Oliveira
31. Rafaella Simone de Oliveira Simões Bessa
32. Renata Cintra Wist Renata
33. Rosângela Munari Pontes
34. Ruse Maria Rosa de Almeida Reis
35. Sandra Méndez Soares
36. Shirley Luiza de Oliveira Leal
37. Sucena Hummel
38. Thais Rezende de Assis
39. Valdirene Maria Bevilaqua Zilli
Marta Cezaria com as amigas Janira sodré e Zenit Vaz


Como foi um dia muito especial só podia estar entre pessoas especiais como Janira Sodré, Zenit Vaz, Tais Oliveira e Pollyana. grande alegria.


Muito carino e amizade.
Muitas amigas que fizeram parte deste momento histórico.

As Mulheres do Brasil bem representadas por Helena Ribeiro e Bia.

Queria deixar registrado aqui todas de forma especial, mas como não sei separar os nomes de todas registrei os nomes das 39 participantes na lista e aqui acolhemos com muito carinho todas e todos que se fizeram presentes neste dia.

Que o empreendedorismo feminino possa cada vez mais ser para todas que tem um sonho.