domingo, 18 de outubro de 2015

17/10/2015 Oficina de Formação Política: Mulheres Negras e Educação

 OFICINA DE FORMAÇÃO POLÍTICA DA MULHER NEGRA


 O Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado, realizou a Oficina - Formação Política da Mulher Negra no dia 17 de outubro de 2015, na Sede do Grupo Dandara no Cerrado com a Assessoria da Equipe do PROAFRO PUC Goiás e do Núcleo de Negras e Negros da IFG, Janira Sodré Miranda

Evento: Oficina Mulheres Negras e Educação

 
A oficina contou com a participação de várias mulheres que vieram a Sede da Dandara pela primeira vez e foi um dia de muito aprendizado, partilhas, trocas de saberes e sabores onde todas saíram reabastecidas para continuar a caminhada em prol do combate ao racismo e cada vez mais buscar a nossa participação politica em prol de bem comum.
Teve momentos muito especiais durante todo o tempo que permanecemos juntas. Café da manhã, Almoço, parabéns com direito a bolo para as aniversariantes de outubro  e muita discussão com o Material a Cor da Cultura, Marcha das Mulheres Negras

Cada momento foi construído com muita sabedoria e participação de todas participantes.

Aqui registro especial de companheiras que constroem a história da Marcha das Mulheres Negras em Goiás e como sempre gostamos de deixar registrado este momentos especiais.

Marta Cezaria fala da importância histórica da caminhada das Mulheres Negras em Goiás e relembra que nascemos juntas com todas as Mulheres Negras do Brasil, mas como estamos no Centro Oeste isto ainda fica muito por aqui e quase não tem visibilidade nacional ou internacional.
Momento do Café da Manhã - Café com Prosa.


Momento de Saborear o almoço. Luiz Carlos e Fábia Cristiani saboreando.


Momento de registro na Faixa da Marcha das Mulheres Negras


Partilhando a vida na hora dos parabéns!!!!
Celebrar a vida com festa e comida é tudo de bom.


Troca de saberes!!!!


Confirmando o fim da intolerância Religiosa e nada melhor que ter uma das Mulheres Negras de Goiás como Dona Maria Dalva Mendonça para iluminar nossa caminhada.
Muita gente nova chegando pra somar nesta Marcha das Mulheres Negras em Brasília.


Isso é muito bom!!!!


Vamos , que vamos, pois a caminhada é feita por companheiras guerreiras!!!


MARCHA DAS MULHERES NEGRAS: CONTRA O RACISMO, VIOLÊNCIA E PELO BEM VIVER - Maio 2015 em Brasília – DF

Que Marcha é essa?

Como o nome diz, essa marcha será de Mulheres Negras; mulheres que se autodeclaram negras; mulheres que descendem e têm características físicas de povos africanos que foram escravizados, por quase 400 anos no Brasil. Muitas se dizem pretas, pardas, afro-brasileiras, afrodescendentes. Essa Marcha tem muitos motivos para acontecer.


Quem está organizando essa Marcha?
 A Marcha foi “pensada” pela a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), cuja secretaria executiva está em Porto Alegre-RS e é composta de 27 associações de negras, localizadas em vários estados do Brasil. Muitas outras organizações nacionais já se juntaram, então foi formada uma coordenação política que está composta por: AMNB (que “puxou” a Marcha), Fórum Nacional de Mulheres Negras (FNMN), Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), União de Negras e Negros pela Igualdade (UNEGRO), Agentes de Pastorais Negros (APNs), Movimento Negro Unificado (MNU), Coordenação Nacional da Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD). A Marcha conta com parcerias como a da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Setorial de ONGs do Processo de Articulação e Diálogos (PAD) e várias outras parcerias estão sendo articula das. Quanto mais apoios tivermos para viabilizar a preparação e a própria Marcha, melhor será, pois isso representa um grande desafio à toda militância e população negra, nesses séculos de luta contra o racismo, machismo e pobreza.



Só mulheres negras vão poder participar?

Não, não, muitas outras mulheres não-negras poderão participar, mas só se não forem racistas e, de preferência, que tenham algum trabalho ligado à construção da democracia no Brasil. Homens também poderão participar, mas, de preferência, negros e não machistas ou não-negros (também não machistas) e que acreditem ser importante realizar uma ação como a Marcha. Mas, é bom, registrar que a condução de todo processo da Marcha, terá à frente mulheres negras.
Por que foi pensada essa Marcha?
·         Porque é fato que milhões de pessoas foram trazidas da África, em navios negreiros, por mais de 300 anos, vendidas a brancos de muitas regiões do Brasil, realizaram trabalhos forçados, sob chicotadas, sobrevivendo nas piores condições, longe da terra em que nasceram. Ou seja, nossa ancestralidade sofreu horrores, mas lutou para que nós, seus descendentes, pudéssemos sobreviver, mas até hoje o racismo persiste.

·         Porque depois que foi aprovada a “abolição da escravatura”, por muito e muito tempo, a população negra não recebeu qualquer apoio do Estado brasileiro para se manter viva e teve que se virar sozinha em todos os lugares do país. É por isso (e por mais outras coisas), que esse racismo se mantém e a população negra continua oprimida, inclusive fazendo com que várias pessoas negras se achem inferiores, feias e umas até aceitem como “natural” ou “normal” o tratamento ruim que muitos brancos e brancas dispensam a elas.

·         Porque foram as negras africanas e outras negras nossas ancestrais que deram de mamar à classe dominante do Brasil-Colônia/Brasil-Império. Assim, fomos ama-de-leite, ama-seca (sem leite, babá), mucamas, cozinheiras, lavadeiras, arrumadeiras, passadeiras, trabalhamos na roça, fomos alugadas para trabalhar em outras casas, colocadas “no ganho” (ir para a rua vender doces e inclusive para trabalhar de prostituição, trazendo dinheiro para seus “donos”), fomos “iniciadoras sexuais” de filhos de escravocratas e usadas sexualmente também pelos “senhores”. Então foram muitas as formas de exploração, opressão que vitimaram nossas antepassadas e que atingem até hoje muitas de nós, negras. Temos direito pois, de protestar de forma que essa opressão termine.

·         Porque o racismo tem feito com que a maioria da população negra (principalmente, nós, mulheres negras), ano-a-ano, venha acumulando desvantagens sociais- econômicas- políticas, culturais-ambientais, sem que o Estado e o restante da sociedade execute ações efetivas para acabar com essa situação injusta.


·         Porque em muitos países do chamado “mundo capitalista”, a maioria da população acha “normal” haver patrão e empregado, sendo que patrão tem o capital (dinheiro, máquinas, terra, etc) e o empregado entra com a parte da “mão-de-obra” (que faz o trabalho de verdade e cria o “lucro”). No Brasil, onde mais da metade da população é negra (preta+parda), quase todos os patrões são brancos e brancas (em algumas cidades tem uns que são “orientais”/raça amarela (japoneses, chineses). Assim, a população negra tem ficado sempre dependente deles e acaba sendo a maioria das pessoas desempregadas ou subempregadas. As mulheres negras são as que têm menor rendimento/salário: primeiro vem os homens brancos, depois as mulheres brancas, depois os homens negros.

Celebrando a vida
       Porque quase todos os negros e negras que têm emprego trabalham muito e ganham pouco, sendo que muitas negras que trabalham como empregadas domésticas, continuam a ser humilhadas dentro de apartamentos/casas onde trabalham; muitas são tratadas pior do que seus patrões tratam seus bichos de estimação. Também é muito difícil pessoas negras conseguirem emprego nas lojas de shoppings, bancos, companhias aéreas, e, quando conseguem, é mais nas áreas de limpeza ou segurança.

·  

·         Porque a maioria da população negra vive em moradias ruins e nos piores lugares das cidades e quando esses lugares vão melhorando (saneamento, água, etc.), as famílias negras vão sendo empurradas para outras áreas ruins. Assim, é como se as áreas boas estivessem reservadas só para brancos. Então, a maioria da população negra passou das senzalas no escravismo, para as favelas, alagados, baixadas no capitalismo.

·         Porque a maioria das comunidades negras rurais/quilombolas não tem ainda o título das terras que ocupam (o que é assegurado por lei – art. 68, Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, da Constituição Federal) e, em muitas, as situações de sobrevivência, da educação, da saúde, da nutrição continuam muito precárias.

·         Porque embora haja propaganda de que há escola para todos, isso não é tão verdade, principalmente, no meio rural, conforme dissemos. Além disso, o que é ensinado e a forma como é ensinado não tem sido muito proveitoso. É na escola que muitas crianças negras “aprendem” a se sentir inferiores e existem escolas onde muitas crianças brancas não querem fazer par com crianças negras, nas brincadeiras, dança ou jogos. Por outro lado, ainda são relativamente poucos os negros e negras que já têm o “ensino superior” e, quando têm, é muito difícil conseguir bolsas para fazer mestrado ou doutorado, principalmente, se for no estrangeiro.

·         Porque nas Câmaras de Vereadores, nas Assembléias Legislativas dos Estados, na Câmara e no Senado Federal tem pouquíssimos negros e negras exercendo esse Poder Legislativo (fazer leis). Também nos ministérios, secretarias dos estados, de prefeitura e outros órgão públicos tem poucos negros e negras em posição se mando.

·         Porque muitos de nós, negras e negros, têm sido destratados/ofendidos racialmente em muitos lugares, até quando vamos comprar coisas em mercearias /mercadinhos ou outras lojas (inclusive de shoppings) e, além disso, recebemos péssimo tratamento em muitos órgãos da área de saúde, sendo que muitas pessoas negras morrem só por causa do não atendimento ou de atendimento ruim. Muitos dentistas e outros profissionais da saúde demonstram certo “nojo” quando vão tratar de nós (negras e negros).

·         Porque muitas casas de culto, sacerdotes, seguidoras/es das religiões afro-brasileiras e afro-indígenas têm sido perseguidos, aporrinhados por seguidores de outras religiões.n Porque muitos negros e negras presos em cadeia pública (muitos até foram presos injustamente), estão sem atendimento jurídico  a que têm direito. Porque muitas mulheres negras (mães, irmãs, esposas, filhas, cunhadas) têm chorado a morte de um parente negro, assassinado, principalmente pela polícia, sem que nenhuma providência ou punição seja adotada.

·         Porque enquanto isso, muitos brancos/as corruptos, sonegadores, canalhas praticam o chamado “crime de colarinho branco”, continuam sem punições, exibindo abertamente poderio econômico-financeiro (mansões, três carrões na garagem, aeronaves particulares, etc.), quase tudo conquistado através da grilagem de terra, exploração de trabalho escravo, corrupção, desmatamento irregular e outras ilegalidades.

·         Porque além de toda desgraceira sofrida no tempo da escravidão legalizada, a população negra, continua sendo vítima da violência física, principalmente, a juventude negra, pois centenas têm “morrido na mão da polícia” e, também, muitas jovens negras vêm sendo atingidas devido ao péssimo tratamento que recebem na rede de saúde pública, inclusive quando estão grávidas ou na hora de ter a criança.

·         Porque os meios de comunicação (principalmente a TV) são totalmente dominados por brancos e brancas (inclusive praticamente todos os apresentadores de programas na TV aberta ou na fechada/satélite/cabo). Assim, a gente só vê negros e negras se forem jogadores de futebol, alguns artistas ou se cometerem algum crime, nesse caso, aparecem logo naqueles programas feitos para divulgar e provocar escândalos.

·         Porque a população negra e sua luta são praticamente invisíveis, ou seja, é assim como se a população negra, sobretudo, mulheres negras, não existissem ou se só existissem para servir aos brancos e brancas deste país.n Porque os rumos que os países vêm tomando, prioriza a área econômica, com domínio das grandes empresas multinacionais (que têm dinheiro de vários países juntos), inclusive bancos, o que, provoca uma enorme concentração de renda nas mãos de poucas famílias (alguns poucos milhares de famílias na riqueza e bilhões de famílias na pobreza).


·         Porque o modelo econômico provoca, também, um aumento no consumo de coisas que a gente nem precisa (consumismo); que a gente pague por coisas que deveriam ser de graça, como a água, por exemplo (mercantilização de tudo, inclusive do viver); tudo isso, muito, muito estimulado pelos anúncios nas TV e rádios.



·         Porque isso tudo faz com que muitos e muitas de nós acabem “fazendo dívidas” que depois não pode pagar, principalmente se o desemprego chega aí é que as coisas se complicam, pois as brigas domésticas aumentam, o alcoolismo chega ou acelera e tudo piora mesmo. Assim, esse negócio de “compre agora e pague depois”, pode ser armadilha.

·         Porque esses chamados “modelos de desenvolvimento” ao priorizar o “lucro econômico”, vem prejudicando a Terra inteira, pois provoca o que andam chamando de mudanças climáticas: aumento de enchentes, furacões, secas, poluição, etc. Esses tais “modelos de desenvolvimento” têm provocado também o aumento de guerras, de gente migrando de um lugar para outro e muita “desgraceira geral”. Vê-se que as populações mais prejudicadas são as da África (onde os europeus e outros povos mandam até hoje), partes da Ásia e aqui, nas Américas – onde o Brasil está; sendo que aqui, as mais prejudicadas são as populações indígena e negra (principalmente mulheres e crianças).

·         A Marcha é importante porque são séculos de humilhações que a população negra tem enfrentado e a maioria vêm engolindo, engolindo, engolindo pois mesmo reclamando, as leis que se conseguiu aprovar não têm sido decisivas para alterar, de fato, as desigualdades raciais e nem punido, devidamente, os racistas inclusive os de dentro dos órgãos públicos.


·         A Marcha é importante  porque poderemos protestar pois,  apesar se sermos mais da metade da população brasileira (pessoas da cor preta + da cor parda) temos sido mais “pedreiros” e “serventes”, do que engenheiros/as; temos sido mais doentes e enfermeiras, do que médicos/as e donos de hospitais; temos sido mais presidiários do que advogados; temos sido mais soldados e cabos do que oficiais das forças armadas (generais, almirantes, brigadeiros); temos sido mais telespectadores/as do que apresentadores/as de TV (desde a parte da manhã até a noite, são brancos e brancas que apresentam os programas); temos sido mais camelôs, peões de fazenda, empregadas domésticas e guardadores de carros, do que empresários e empresárias (donos do capital ).



É festa!!! vida!!!



Mas brancos não são também oprimidos?
Sim, muitos brancos são oprimidos, principalmente, os que estão na pobreza, mas eles  não têm ouvido humilhações raciais, aliás, mesmo muitos brancos de baixa renda, gostam de contar piadas, humilhar negros e negras e inclusive ofender seus vizinhos negros. Além disso, esses brancos/as (que estão na pobreza), costumam ser priorizados para ocupar quase todo tipo de vagas, principalmente, em lojas de shopping, bancos, empresas aéreas e outras. Também é fato que a classe dominante e dirigente do Brasil é, praticamente, toda branca; então os brancos podem estar na classe de alta renda, na classe de média renda e na de baixa renda e nós, negros e negras, podemos estar só na classe média--baixa, pobreza e ou na miséria?

Mas... uma marcha vai resolver essa opressão?
Olhe, a maioria das mulheres negras tem sofrido, pelo menos, três tipos de dores: uma vindo do racismo mesmo (fato de ser negra); outra do machismo (por ser mulher) e a outra por causa da pobreza que atinge a maioria, sendo que isso tudo ocorre ao mesmo tempo e piora quando se trata de mulheres negras “da roça” (inclusive de quilombos), quando se trata de homossexuais/lésbicas, portadoras de deficiência e quando são seguidoras das religiões de matrizes africana.

·         Nenhuma marcha resolve a questão que a motiva, mas, o processo de preparação dela, pode motivar milhares de negras a se organizar nos bairros, cidades ou estados em que moram, para forçar o Estado brasileiro (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário), a dar atenção devida, a necessidade de criar e executar políticas para acabar com a discriminação que afeta fortemente a população negra (principalmente as mulheres) e para promover a igualdade, a equidade racial no Brasil.


·         Então, temos, ao menos, de fazer com que os/as dirigentes do Brasil, saibam que não pretendemos ficar tão caladas como a maioria tem ficado até os dias de hoje. Precisamos mostrar que nós queremos participar das decisões do país e que afetam inclusive nossos “destinos”.


 como vamos fazer para chegar a esses “dirigentes do brasil”?

Bem antes da Marcha, vamos encaminhar/protocolar correspondências com nossas demandas (pedidos), para os Ministérios do Governo Federal, para instâncias do Legislativo e do Judiciário e, quando chegarmos na Marcha vamos “cobrar” o atendimento de nossos pedidos; afinal, só mulheres negras somos cerca de 50 milhões (sim, 50 milhões!).

Além de protestos a marcha vai ter outras serventias?

Sim, a Marcha vai ser importante também para divulgarmos o valor da cultura negra, não só do Brasil (capoeira, jongo, sambas, reizados, umbigadas, tambor de criola, marambiré, siriá, marabaixo, marujada, makulêlê, etc.) e também a das Américas como o jazz, rock, blues, reggae, hip-hop/rap-break-grafite-djs, funk, bolero, rumba, mambo, salsa, merengue e outras expressões da cultura negra. Também vamos insistir na valorização de nossa culinária: vatapá, caruru, feijoada, xinxim, arroz de cuxá, maniçoba, doces, bebeiragens/bebidas e muitas outras iguarias. Também poderemos valorizar vestimentas herdadas como torços, abadás, saruel afro, “amarrados”, pano-da-costa e muitas outras.

·         Vai demonstrar de não desistimos da herança de luta de nossas ancestrais que nunca desistiram de lutar pela liberdade, pela igualdade, recuando em alguns momentos e avançando em outros. Vai demonstrar que podemos sim, exigir nossos direitos de gente que somos.

Quando vai ser essa Marcha?

Será no dia 18 de Novembro de 2015 em Brasilia-DF. Antes a data escolhida era  no dia 29 de setembro de 2015, sendo a chegada marcada para o dia anterior – 28 de setembro, que é o Dia da Mãe Preta.
Janira Sodré Miranda trouxe a história de mulheres negras emponderadas que a Cor da Cultura apresenta e ao mesmo tempo buscamos nossas mulheres negras de Goiás onde foi possível lembrar vários nomes importantes que já estão sendo estudado e pesquisado para que a história não os esqueçam.


vimos vários filmes dessas mulheres e fizemos um rico debate. Também conhecemos vários trabalhos de ONGs do Brasil que busca meios para que as mulheres negras sejam protagonistas de sua história e isso nós também lutamos como o mesmo objetivo.

O dia foi muito rico e é impossível colocar no papel a riqueza de detalhes que vivenciamos.

Aqui é uma etapa do almoço.

As fotos estão misturadas, mas aqui foi momento de falas.


Venha Marchar com a gente!!!
Por que essa data foi escolhida?
Porque o ano de 2015 marcará os 320 anos do assassinato de Zumbi dos Palmares e o dia 28 de setembro é tido como o Dia da Mãe Preta, pois foi o dia em que foi assinada, em 1871, a Lei do Ventre Livre (crianças nascidas de mulheres escravizadas seriam livres, mas na verdade, continuaram sendo escravizadas até 21 anos). Nessa mesma data, mas em 1885, foi assinada a Lei de nº 3.270, chamada Lei dos Sexagenários (os escravizados de mais de 60 anos ficariam livres, mas serviu mesmo foi para os “senhores” abandonarem os idosos/as negros, sem ter mais que se responsabilizar por nada com eles. Então, a idéia é dar outro significado a essa data, transformá-la, por exemplo, no Dia Nacional da Mulher Negra, pode ser uma proposta

Como vamos fazer para garantir a ida de um montão de negras?
Bem, como sempre acontece em tudo ligado a nossa gente (negra), vai ser um bocado difícil, mas o jeito vai ser na base de bingos, coletas, rifas, pedidos de apoio a prefeituras, vereadores/as, deputados/as, senadores, a organizações diversas, sindicatos, igrejas; ou seja todo mundo que reconheça que existe 

Sorrisos!!!!

Sabores e saberes!!!

Não vai ser perigoso ir até Brasília para reclamar?
Espera-se que não, pois se nos organizarmos bem (inclusive evitar o deslocamento de pessoas adoentadas e crianças), e estivermos conscientes que é uma Marcha Histórica (nunca aconteceu antes) e que durante ela poderemos, também, homenagear todas as mulheres negras que morreram no sacrifício durante o escravismo e nas diversas lutas contra o racismo (todas nossas ancestrais), então não vemos perigo. Acreditando que não estando arriscando perder a vida (que é o mais valioso dos bens de uma pessoa), o que mais temos a perder como mulheres negras, se quase sempre somos tratadas, como “pessoa de menor valor”, como o “piso da sociedade”?

·         Acreditamos que vai sim valer a pena participar dessa caminhada, mesmo que seja com algum sacrifício!
Troca de experiencias!!!!

A mesa da partilha é o simbolo da nossa caminhada.

E em torno da mesa que os saberes e sabores se exalam!!!

A dedicação da Professora Janira Sodré para mostrar a importância de conhecer bem a história do povo Africano, povo negro, história geral para entender certos momentos que nos colocam bordões que estão na boca de outras pessoas e nos mostra retrocesso na caminhada. 

Hoje temos meios. Temos que ler. Aprofundar. Ir fundo no que precisamos para contribuir nesta formação politica que tanto almejamos.

Bolo de fubá preparado por Anadir e torta para as aniversariantes

Veja que delicia esses momentos de estudos, encontros, reflexão e partilha de vida!!!

muita conversa para as que ficaram até o fim.
Muitas tiveram que sair, pois tinham outros compromissos

Mulheres em torno da mesa e o papo vai rolando.

Filme da Marcha das Mulheres Negras

Luana e Anadir com a Boneca Maria Grampinho
Muito aconchego!!!!

Alegria pois a Lucimar é a nossa aniversariante!!!

Com a presença de amigos e amigas vamos cantando os parabéns.

Marcos Dantas também se faz presente em nosso momento de estudos e aprofundamento sobre a luta e a história da formação politica da mulher negra.

Como a gente faz para participar dessa grande Marcha?
Você tem de se informar com as “meninas/mulheres” que participam da equipe de organização do seu Estado, sua cidade ou seu bairro. Podem fazer contato, por telefone, carta, e-mail, e também você mesma pode, saber de algum grupo que quer se cotizar para ir à Marcha.


Algumas outras informações até o momento:
Secretaria executiva da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB)
Rua Vigário José Inácio, 371/sala 1919 – Centro
CEP: 90028-900 – Porto Alegre/RS
E-mail: amnb@uol.com.br
Site da AMNB: http://www.amnb.org.br/site/
E-mail-Marcha: contato@2015marchamulheresnegras.com.br

Contatos no  centro-oeste:
Grupo de Mulheres Negras Malunga – Goiânia – Goiás
E-mail: grupomalunga@hotmail.com
Tel.: (62) 8254 6398

Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado/Fórum Estadual de Mulheres Negras

Telefone: 62 3286 4907 
Centro de Referencia Lelia Gonzales


Entidades que compõem a Articulação da Marcha de Negras – Goiás

Entidade
Nome da responsável
Email de contato
1
Agentes de Pastoral Negros -APNs
Neuza Maria
neuzapns@yahoo.com.br
2
Cajueiro - Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude
Arilene Martins
arilene@habitatbrasil.org.br
3
Casa de Cultura da Comunidade Negra de Goiânia e Goiás - CACUNE
Ceiça Matos
acutirene1961@hotmail.com
4
Central Única dos Trabalhadores - CUT
Iêda Leal
filhaleal@yahoo.com.br
5
Centro de Referência Negra Lélia Gonzalez
Roseane Ramos
rosebiopsi@gmail.com
6
Centro Salesiano do Adolescente Trabalhador - CESAM
Rosana Santos
rosanacristinas@gmail.com
7
Coletivo Quilombo
Ana Cláudia
anaifgquimica@gmail.com
8
Coletivo de Empresários e Empreendedores Afro Brasileiro - CEABRA
Ana Maria
anamaria978513a@hotmail.com
9
Coletivo de Mulheres da Comurg
Anadir Cezário
anadircezario@hotmail.com

10

Coletivo de Mulheres da CUT
Ana Rita
anaritacastro2@gmail.com

11

Comissão de Igualdade étnicorracial IFG
Janira Sodré
janirasodre@hotmail.com
12

Comitê Técnico de Saúde da População Negra

Pollyanna Marques
lyannacs@yahoo.com.br
13

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE

Iêda Leal
filhaleal@yahoo.com.br
14

Conselho Estadual da Mulher - CONEM

Ângela Café
angelacafe@gmail.com
15
Conselho Estadual de Igualdade Racial - CONIR
Janira Sodré
janirasodre@hotmail.com
16
Coral Africanto
Ceiça Matos
acutirene1961@hotmail.com
17
Fórum Estadual de Mulheres Negras
FEMN
martacezaria@yahoo.com.br
Forum Nacional de Mulheres Negras
FNMN
18
Fórum Goiano de Mulheres - FGM
Nilda Trindade
nild6@yahoo.com.br
19
Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado
Anadir Cezário
anadircezario@hotmail.com
20
Grupo de Mulheres Negras Malunga
Sônia Cleide
sonia_iansa@hotmail.com
21

Grupo de Mulheres Negras Samba Criola

Sandra Martins
negracastanhal@hotmail.com
22

Ilè Ase Vovó Maria Conga

Ceiça Matos
acutirene1961@hotmail.com
23

Instituto Afro Origem de Goiás - INAÔ - GOIÁS

Ana Maria
anamaria978513a@hotmail.com

24

Movimento Negro Unificado - MNU

Iêda Leal
filhaleal@yahoo.com.br
25

Negra, Núcleo de Estudos gênero, raça e africanidades - IFG

Naira Rodrigues
nairarodrigues_@hotmail.com
26

Njinga Moda Afro

Érika Santos
erika.pereira04@gmail.com
27

Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UNIFAM

Ana Rita
anaritacastro2@gmail.com
28
Observatório Juventudes na Contemporaneidade
Érika Santos
erika.pereira04@gmail.com
29
Pastoral da Juventude do Meio Popular - PJMP
Amanda Reis
amandam_reis@hotmail.com
30
Proafro, Programa de Estudos e Extensão Afro-brasileiro/ PUC Goiás
Janira Sodré
janirasodre@hotmail.com

31

Quilombo Kalunga
Lucilene Santos
lucilenecalunga@gmail.com

32

Rede de Atenção à Crian­ças, Adolescentes e Mulheres em Situação de Violência / Secretaria Municipal de Educação
Warlúcia Guinmarães
warluciag@terra.com.br
33

Rede Ecumênica da Juventude - REJU

Érika Santos
erika.pereira04@gmail.com
34
Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
Raimunda Montelo
raymontelo@gmail.com
35
Secretaria Municipal de Educação - SME
Lucinete Oliveira
neteadam@bol.com.br
36
Secretaria Municipal de Saúde -SMS
Ceiça Matos
acutirene1961@hotmail.com
37
 Sindicato dos Professores do Estado de Goiás -SINPRO
Ana Rita
anaritacastro2@gmail.com
38
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás -SINTEGO
Roseane Ramos
rosebiopsi@gmail.com

39

Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás –SINTEGO (Regional Aparecida)
Aline Barbosa
alinesintego@gmail.com
40

Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência

Gilzeli Sampaio
gilzeli.vasconcelos@gmail.com
41
Superintendência de Promoção da Igualdade Racial / SMDH
Watusi Santiago
watusisantiago@gmail.com
42
Universidade Federal de Goiás - UFG
Anita Canavarro
anitabenite@gmail.com