sábado, 25 de julho de 2020

Dia da Mulher Negra da America Latina e Caribe-Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado

Hoje 25 de Julho o Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado reafirma o compromisso com a continuidade da luta e vida das mulheres negras e para marcar esse dia teremos um encontro virtual no Google meet às 9h para nos encontrarmos e muita destas companheiras que estão nas fotos não poderemos encontrar, mas aqui dedicamos a cada uma muita saúde e paz neste tempo de pandemia do COVID 19 e que tenham força e resistência para continuar a caminhada.
Somos fortes!!!Somos Resistência!!!A todas um grande Axé!!!


25 de julho - Dia da Mulher Latina Americana e Caribenha

 Dia de Tereza de Benguela

Marta Cezaria de Oliveira

 

A data de 25 de julho de 1992 surgiu durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-Americanas e Afro-caribenhas, realizado na República Dominicana. Quando as mulheres ali reunidas destacaram os efeitos opressores do machismo e racismo, organizaram-se, então, para combatê-los. Essa rede de mulheres lutou para que a Organização das Nações Unidas - ONU reconhecesse o 25 de julho como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

 

Desde 2014, no Brasil, a mesma data foi incorporada como o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola do século XVIII, que ajudou as comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão.

 

Nós, mulheres negras, consideramos essa data importante para continuarmos na luta contra o racismo, o preconceito, o machismo e feminicídio, e para isto basta olhar o estudo no Atlas da Violência 2018 e entender por que precisamos continuar lutando por direitos. Temos avanços, mas o racismo excludente é cruel.

 

Portanto, potencializar minha atuação como líder de uma organização da sociedade civil, uma mulher cineasta negra, com 64 anos chegando ao mestrado para ter mais possibilidades de continuar registrando histórias de mulheres negras lideranças deste estado bem como do centro oeste e quiçá nacional e internacional. Ampliar minha visão feminista negra nos espaços de desenvolvimento social político econômico cientifico cultural e ambiental onde venho atuando há anos. Ter um aporte estrutural

 

Sou Biologia, estudante no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática-UFG, associada da Associação Nacional de Pesquisadoras e Pesquisadores Negras e Negros, Conselheira no CNPIR e no CEAS, Ativista e Fundadora do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado, da Executiva do FNMN, Grupo Mulheres do Brasil, Consultora e pesquisadora na área dos afrodescendentes. Atuante no controle social das políticas públicas, meio ambiente, educação, estudos étnicos raciais, de gênero e na luta pelos direitos humanos das mulheres preservando a memória oral como resistência. Atuante há anos juntos as comunidades quilombolas de Goiás e outras A participação popular sempre foi o modelo político que valorizo.

 

Tenho a marca do coletivo, do grupo, da base. Seriedade e competência são as marcas que tenho como meta para chegar ao controle social com eficiência. Combate à discriminação racial. Luto a vida inteira por uma sociedade que saiba respeitar a pluralidade, que valorize e garanta os direitos de todas as pessoas, sobretudo: as religiões de matriz africana, mulheres, negros/as, pessoas com deficiência, comunidade LGBTTI e jovens negras.

 

Acredito que a política deve ser feita em favor da sociedade como um todo, possibilitando oportunidades, sobretudo aos que mais precisam, à parcela mais pobre da sociedade. Por isso sempre dedico minha vida para gerar oportunidades a mulheres e homens que delas precisavam. Sou uma mulher experimentada e moldada para a luta política, pois venho preparando e acumulando reflexão e experiência política há décadas. Sei que esse sonho não é um projeto político pessoal, mas de todas as pessoas que querem uma nova forma de fazer política: participativa, séria e comprometida com o povo.

 

Abracei o Núcleo de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil por acreditar na luta conjunta para vencer as barreiras do racismo, do sexíssimo e do patriarcado. Essa data para mim é este momento de muita reflexão e celebração por estarmos caminhando mesmo com todos os desafios a nós colocado. Somos resistência.

 

Goiânia, 22 de julho de 2020

 

 


Não irei nomear pessoas e eventos, mas a história dirá quem é você e como contribui com a luta da mulheres negras.