quinta-feira, 3 de março de 2011

Boletim do II EN AMB

Articulação de Mulheres Brasileiras
Uma articulação feminista anti-racista

Encontro Nacional
31 março a 3 de abril de 2011
Brasília, DF - Brasil
Boletim n° 02 | 10 de Dezembro de 2010
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Companheiras feministas de todo o Brasil!
O Encontro Nacional da AMB (ENAMB 2011) está se aproximando e é tempo de intensificamos a preparação nos estados para nosso grande encontro, que será realizado na Universidade de Brasília (UnB), DF, entre 31 de março a 3 de abril de 2011. Na 15ª Reunião do Comitê Político Nacional da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), realizada em Belo Horizonte, entre nos dias 6, 7 e 8 de novembro, discutimos os encaminhamentos para a realização do encontro com as representantes dos agrupamentos estaduais, Coordenação Executiva Nacional e Secretaria Executiva Nacional.
O ENAMB 2011 tem como objetivo promover um amplo fórum de debates sobre as questões e desafios postos aos movimentos feministas no contexto atual. Neste boletim, enviamos em detalhe os 4 eixos mobilizadores e as propostas metodológicas de preparação dos fóruns e agrupamentos estaduais. Outra novidade é que realizaremos em fevereiro de 2011 o Dia Nacional de Mobilização de Recursos para a AMB, cujo foco será angariarmos recursos em todos os estados para dar suporte financeiro para a realização do nosso encontro.
Desejamos que o ENAMB 2011 seja um espaço aberto e plural, onde mulheres de todo o país – da floresta, do campo e da cidade, do mar e do sertão – se encontrem para debater nossos movimentos, nosso feminismo e os rumos de nossa luta no Brasil e na América Latina.
Neste segundo boletim, apresentamos informações mais recentes sobre o processo de mobilização das mulheres já iniciado em muitos estados e municípios. Através dos boletins, circularemos informações e notícias da construção do ENAMB 2011 em todo o país.
Rumo ao ENAMB 2011!

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 Fóruns estaduais realizam atividades preparatórias
A mobilização dos agrupamentos estaduais de mulheres para o ENAMB 2011, está aquecida em vários estados, Até o momento, os foruns de Pernambuco, Distrito Federal, Piauí, Rio de Janeiro, Paraíba e Tocantins já programaram atividades estão com ações programadas.

Confira como estão as atividades:
Confira como estão as atividades em cada estado:

DISTRITO FEDERAL – O Fórum de Mulheres do DF está realizando várias atividades este ano a fim de levantar recursos para confecção de faixas, camisetas, banners, etc. Está prevista uma galinhada na Vila Planalto, no dia 12/12, e o fórum está preparando as atividades para 2011 começando com uma tarde de pizzas na Samambaia.
PIAUI – O Fórum de Mulheres está confeccionando camisetas, realizando bingos e realizará uma feijoada para angariar fundos. Serão feitas solicitações de ajuda de custo junto ao município, estado, empresas e sindicatos para concessão de um ônibus para o ENAMB 2011.
TOCANTINS – O segundo lançamento do ENAMB 2011 aconteceu no VII Encontro Estadual do Fórum AMT, 22 e 23 de novembro. Foi realizada a apresentação da proposta do ENAMB 2011 e estão previstas mobilizações em todas as atividades das mulheres de novembro de 2010 a março de 2011. Estão previstas as seguintes atividades: 1) Construção coletiva do projeto de participação das mulheres tocantinenses – captação de recursos (dezembro, janeiro, fevereiro/2011); 2) Realização de pré-ENAMBs durante o mês de fevereiro e outras atividades a serem confirmadas durante o próximo encontro estadual da AMT.
PERNAMBUCO - O FMPE fez uma plenária da AMB para tratar do tema da conjuntura e da incidência pós-eleitoral. Na ultima plenária do Fórum de Mulheres de Pernambucofoi fechada a pauta das políticas públicas e aberta a construção da pauta do ENAMB.
RIO GRANDE DO NORTE - O Fórum de Mulheres do Rio Grande do Norte (FMRN) está a pleno vapor! Para garantir uma participação expressiva das mulheres do estado no ENAMB 2011, foram criadas comissões de Metodologia, Mobilização, Captação de Recursos e Infraestrutura. O FMRN realizará quatro encontros preparatórios de formação política rumo ao ENAMB 2011. A ideia é trabalhar os eixos orientadores, adequando-os à realidade das mulheres no Rio Grande do Norte. A comissão de Captação de Recursos está organizando um Bazar.
PARAÍBA - Com o objetivo de realizar processos de reflexão e organização política dos movimentos feministas e mulheres, foi realizada uma plenária de preparação para o ENAMB 2011, com a participação da Rede de Mulheres em Articulação da Paraíba, Fórum de Mulheres da Paraíba, Cidadãs Posithivas, Trabalhadoras Domésticas e demais feministas, em João Pessoa, em novembro. No próximo sábado, 11/12, será realizado o Pré-ENAMB 2011- Litoral, privilegiando o debate sobre 1 Eixo - O jeito que o mundo está e o que queremos transformar e o 2 Eixo– Olhares feministas sobre a situação das mulheres que deverá contar com a participação de 60 mulheres.



 Mobilização

O Encontro Nacional da AMB é um fórum amplo de debate feminista que reúne militantes, simpatizantes, parceiras , aliadas e colaboradoras da AMB.
Sua metodologia inclui debates preparatórios, a partir dos quais a pauta do encontro é construída.

Os debates preparatórios são um instrumento de mobilização e de intercâmbio entre a militância da AMB e são o espaço a partir do qual o conjunto da militância influencia na construção da pauta e da programação do encontro.

Neste documento estão apresentados os eixos mobilizadores sugeridos para os debates preparatórios. A idéia é que cada debate seja, ao mesmo tempo, um espaço de atualização das questões que mobilizam nossa ação feminista na AMB e um espaço de intercâmbio entre as diferentes mulheres feministas que fazem a AMB e as distintas expressões do feminismo que coexistem na AMB.

Na fase preparatória para nosso Encontro estão propostos 4 eixos:
Eixo 1 - O jeito que o mundo está e o que queremos transformar
Eixo 2 – Olhares feministas sobre a situação das mulheres
Eixo 3 – Juntando gente para mudar o mundo
Eixo 4 – Nossas lutas feministas.

Para cada eixo anunciamos o objetivo que se quer alcançar com o debate, apresentamos um texto com uma reflexão geral sobre o tema, indicamos sugestões de como organizar o debate e indicamos também vídeos e textos que podem ser uteis como subsidio.


Bom debate a todas!


Comissão de Metodologia do EN-AMB 2011:
Analba Brazão, Beth Ferreira, Carmen Silva,
Cristiane Faustino, Jolúzia Batista,
Luciana Barbosa, Malu Oliveira e Silvia Camurça.



Eixo 1 - O jeito que o mundo está e o que queremos transformar
Objetivo: com este eixo de discussão queremos promover análises da conjuntura na perspectiva do feminismo, problematizando como o mundo está hoje, valorizando a análise a partir de nossa realidade local, mas também considerando dimensões regionais, nacional e articulando com o contexto latino-americano e internacional.

Preâmbulo:
A globalização capitalista tem gerado profundas desigualdades sociais e acentuado a pobreza no mundo e, nós mulheres, somos as mais atingidas.
O mercado globalizado tem provocado inúmeros impactos negativos: a expansão das fronteiras transnacionais, com flexibilização das legislações nacionais que fazem valer os interesses do mercado em detrimento dos direitos das populações locais; as políticas de livre comércio que nos colocam na economia global como países subalternos, a mercê das regras da Organização Mundial do Comércio, dominada pelas grandes potências econômicas; os grandes projetos desenvolvimentistas que têm sido para a América Latina uma ameaça constante de perda dos saberes tradicionais, de biodiversidade e de soberania; o recrudescimento da violência e do racismo como vetores do extermínio de jovens negros nas periferias urbanas; entre outras coisas. Além disso, a militarização segue sendo a estratégia para subjugar economicamente os países de América Central, Ásia e África.
Neste mundo globalizado, o trabalho das mulheres é precarizado, desvalorizado e desprotegido socialmente. Em todo mundo, a maioria das mulheres não tem garantias legais e trabalhistas, e ainda pior, o tráfico e a migração de mulheres para a realização de serviços domésticos, de cuidado de idosos e crianças e para o comércio sexual sustenta a economia dos países economicamente favorecidos. Neste contexto, de intensa exploração capitalista, o corpo das mulheres é visto como mercadoria, desrespeitando nossos direitos e autonomia.
O modo de vida nestes tempos de globalização se baseia no esgotamento dos recursos naturais e no crescimento do consumismo, impregnando nossas vidas de falsas necessidades e novos costumes e gerando uma crise ambiental sem precedentes, sobre a qual não temos refletido adequadamente nem com a devida profundidade.
Por todas estas questões, é importante dialogarmos e aprofundarmos o debate, fortalecendo a AMB e os agrupamentos estaduais de mulheres para traçarmos estratégias e pensarmos como vamos transformar essa realidade.

Questões para o debate:
1. Que análises fazemos desses problemas do contexto atual no Brasil, na América Latina e no mundo?
2. Que outros elementos precisamos considerar numa análise feminista de conjuntura?
3. Quais dos problemas e questões da conjuntura devem ser abraçados como desafios do presente para a nossa política feminista na AMB?

Sugestões de como fazer:
a) RODAS DE CONVERSA abertas, com as militantes falando livremente sobre o tema;
b) RODAS DE CONVERSA, com as militantes falando livremente sobre o tema e, ao final uma ou duas mulheres do próprio agrupamento tecem comentários a respeito do tema, que aprofundem;
c) RODAS DE CONVERSA, com trabalho de grupo para discutir um ou mais aspectos do contexto e, após apresentação dos grupos, uma ou duas convidadas tecem comentários e acréscimos.

Para enriquecer o debate, sugerirmos a leitura de alguns textos de apoio, que podem ser lidos previamente à roda de conversa ou serem lidos em pequenos grupos na ocasião do debate.



Textos:
• AGUIAR, Diana. Uma análise de gênero sobre a crise econômica global – suas múltiplas causas e múltiplos impactos.
• Disponível em www.equit.org.br/docs/artigos/DiscursoUNCTADmaiojunho09.pdf
• RODRIGUEZ, Graciela. As mulheres e o desenvolvimento sustentável e eqüitativo; Disponível em: http://www.equit.org.br/docs/artigos/mulheresdesenv.pdf

Vídeos:
• “A história as coisas” (21min). Disponível em http://videolog.uol.com.br/video.php?id=353307 (versão em português) ou http://www.youtube.com/watch?v=ZpkxCpxKilI
• “A história dos cosméticos” (8:18min). Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=N_Jr8BBfD_U ou http://vimeo.com/13735569 (versões legendadas)
• “A história da água engarrafada” (8:04 min). Disponível em http://vimeo.com/10751409 ou http://www.youtube.com/watch?v=JAG8B4wBSI4&feature=related (versões legendadas)


Eixo 2 - Olhares feministas sobre a situação das mulheres
Objetivo: Refletir sobre a situação de exploração e dominação das mulheres no contexto atual a partir dos vários posicionamentos teórico-políticos presentes no feminismo, entendendo que conhecer estas explicações e debatê-las é uma forma de refletir sobre nossa ação política e nossa forma de organização.

Preâmbulo:
No feminismo há varias formas de explicar a situação de exploração e dominação das mulheres. Na AMB temos explicado esta situação a partir da existência dos sistemas patriarcal, capitalista e racista, que são diferentes, mas se articulam e se alimentam mutuamente. De forma resumida podemos dizer que o patriarcado é a dominação dos homens sobre as mulheres em todos os âmbitos da vida; o capitalismo é a apropriação, por uma minoria, da riqueza produzida pelo trabalho da maioria, o que inclui a super exploração do trabalho doméstico feito pelas mulheres; e o racismo é a dominação das pessoas brancas sobre as pessoas negras e não-brancas.
Entre os diversos mecanismos de dominação das mulheres está a norma patriarcal da “heterossexualidade obrigatória”, ou seja, a idéia de que a relação afetiva e sexual entre mulheres e homens é a única correta. Para a AMB, as relações afetivo-sexuais – sejam heterossexuais, homossexuais ou outras – são um direito de todas as pessoas. A heterossexualidade obrigatória cria as condições para o controle dos homens (como grupo social e não apenas como indivíduos) sobre os corpos e a sexualidade das mulheres, além de favorecer a divisão sexual do trabalho. Tudo isso privilegia o prazer e a satisfação das necessidades dos homens.
Apesar das conquistas do movimento feminista, a dominação das mulheres continua ao longo da historia. A discriminação racial, o controle sobre nosso corpo e sexualidade, a dupla jornada de trabalho, a exploração sexual, as interdições à participação política, o recrudescimento da violência doméstica e outras desigualdades fazem parte da nossa vida e impõem muitos desafios aos movimentos de mulheres. Para a AMB, como movimento social feminista, é fundamental compreender teórica e politicamente como se constroem e se mantém esses processos de dominação e desigualdades. Isto fortalece em nós a identidade coletiva e o pertencimento político, além de fundamentar os argumentos para nossas lutas.

Questões para debate:
Quais são as expressões do machismo e do racismo na vida cotidiana?
2) Como se expressam na atualidade as novas e velhas formas de exploração e dominação das mulheres, considerando: o racismo, a economia capitalista, o Estado e outras instituições (Igreja, Família, Meios de Comunicação etc)...?
3) Quais as implicações da 'heterossexualidade obrigatória' para a dominação das mulheres?

Sugestões de como fazer:
Assistir ao vídeo “Mariana e o Tempo”, fazer uma roda de conversa sobre ele na qual se introduz as três questões norteadoras e faz-se o debate.
Fazer exposição, convidando algumas mulheres feministas para introduzir aspectos do tema, seguida de debate.
Fazer uma oficina na qual se divida as participantes em pequenos grupos; cada grupo discute as velhas e novas formas de dominação e exploração das mulheres, considerando alguns aspectos centrais; os grupos apresentam os resultados; uma ou algumas companheiras fazem comentários e/ou exposições complementares e segue-se o debate.
Os grupos de trabalho podem ser organizados com o objetivo de discutir uma questão e, a partir dela, refletir sobre as velhas e novas formas de dominação. Os temas/objetivos dos grupos podem ser: sexualidade e controle do corpo; interdições a participação política; violência; divisão sexual do trabalho; racismo; heterossexualidade obrigatória...

Vídeos:
• “Mariana e o tempo” (4 min). Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=XZZw_g0-_wI
Outros dois vídeos possíveis:
• “A construção da mulher” (1:48 min). Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=4MuQePTLbAM&feature=related
• “Complexo de Cinderela” (1:48 min). Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=_Eu5BMaIENc&feature=related
Textos:
• CAMURÇA, Sílvia: Nós Mulheres e Nossa experiência Comum, publicado na Revista Cadernos de Crítica Feminista, dos SOS Corpo, número zero, ano 2007, Recife PE. Disponível em meio eletrônico a partir de solicitação à secretaria da AMB.
• CARNEIRO, Suely. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina. Disponível no sítio eletrônico do Geledés.

Eixo 3 – Juntando gente para mudar o mundo
Objetivo: Analisar o contexto atual de atuação dos movimentos sociais, problematizando velhas e novas questões postas aos movimentos; demarcar o campo político da AMB no feminismo e no âmbito dos movimentos sociais e recolher informações e elementos para uma política de fortalecimento da AMB em aliança com outros movimentos sociais, pois, só em aliança podemos transformar o mundo.

Preâmbulo:
Vivemos hoje, tanto no Brasil como na América Latina, um contexto de profundo descrédito na política e na possibilidade de se transformar as relações sociais a partir de lutas políticas. O ideário neoliberal instaurado nos anos noventa fixou a idéia de que os problemas sociais e econômicos se resolveriam pela auto-regulação do mercado, cabendo ao Estado apenas atender as necessidades mínimas da população pobre e miserável. Por outro lado, no Brasil, a maior parte dos movimentos sociais vem, nas últimas décadas, atuando apenas na defesa de direitos e de políticas públicas, privilegiando a disputa por estes nos espaços de democracia participativa (conselhos e conferências). Na América Latina, nos últimos anos, com a eleição dos chamados “governos populares” com o apoio dos movimentos sociais, estabeleceu-se entre estes alianças e parcerias que limitam uma atuação política mais autônoma e crítica dos movimentos em relação aos propósitos, impactos e alcance da ação do Estado.
Tudo isto contribui para que, apesar de termos hoje uma grande diversidade de movimentos e organizações atuando na sociedade, a maioria destes enfrente dificuldades para mobilizar o apoio da população e a própria militância em torno de suas lutas. Nem por isso os movimentos deixam de se organizar e de acreditar na possibilidade de se mobilizar pessoas na luta contra o modelo de desenvolvimento – capitalista, patriarcal e racista – hegemônico na sociedade hoje.
Os movimentos feministas e de mulheres do Brasil e da América Latina estão inseridos nesse contexto e vivenciam as mesmas problemáticas. Por isso, importa à AMB refletir sobre em que campo(s) político(s) quer atuar e em torno de que lutas e que direção e se questionar sobre que alianças e parcerias interessam construir. Considerando que a AMB é um movimento social feminista, antirracista e anticapitalista, é importante refletir sobre como atuar para se fortalecer no âmbito dos movimentos sociais e da luta feminista.

Questões para o debate:
1. O que significa fazer movimento social na conjuntura atual (política, econômica, social e cultural), considerando as formas de atuação de cada movimento, sua organização e vida interna?
2. No âmbito dos movimentos de mulheres e feministas, o que nos une e nos diferencia? Como construir alianças e parcerias?
3. Como fortalecer a AMB como movimento social e como sujeito político feminista?

Sugestões de como fazer:
• RODAS DE DIÁLOGO com tempo para exposição de mulheres de diversos movimentos sociais (tanto mistos como de mulheres/feminista) para debater a situação dos seus movimentos hoje, analisando e problematizando o contexto atual e os desafios que ele coloca para a luta política por transformação social.
• RODAS DE DIÁLOGO entre diversos movimentos de mulheres e/ou movimentos feministas, refletindo e debatendo sobre os desafios atuais da luta feminista, considerando o que nos diferencia e nos une nesse atual contexto.
• RODAS DE CONVERSA entre militantes dos diversos movimentos e organizações que integram o agrupamento local vinculado à AMB (fórum, rede, articulação ou núcleo), refletindo e debatendo sobre a experiência das mulheres nesses movimentos, considerando semelhanças e diferenças entre militantes dos movimentos sociais mistos e os movimentos feministas/de mulheres.


Subsídios:
• OLIVEIRA, Guacira César. Palestra nos Diálogos Feministas, VII FSM, Quênia, África. Disponível em www.articulacaodemulheres.org.br
• CARNEIRO, Suely. Mulheres em Movimento. In: Estudos Avançados, 17(49), 2003. São Paulo, SP. Disponível em meio eletrônico mediante solicitação à secretaria da AMB.
• CAMURÇA, Silvia e SILVA, Carmen. Feminismo e Movimentos de Mulheres – serie Mulheres em movimento – SOS Corpo, Recife, 2009. Disponível impresso no SOS Corpo mediante solicitação.


Eixo 4 – Nossas lutas feministas
Objetivo: Debater as frentes de luta hoje instituídas na AMB, sua pertinência e desafios, a articulação com as lutas locais dos agrupamentos; analisar que ações e elementos são fundamentais para concretizar e consolidar um processo de luta na AMB e que lutas, no contexto atual, devem ser prioritárias para nosso movimento.

Preâmbulo:
O ENAMB 2006 (Goiânia-GO) trouxe para a AMB a exigência de organização das suas lutas prioritárias, ampliando de forma consistente suas ações e considerando os contextos locais, regionais e nacional. Na reunião do Comitê Político de Itapoâ (2007), de acordo com as demandas apontadas pelo ENAMB, se definiu a elaboração de uma política geral para AMB que explicitasse o sentido estratégico da nossa atuação e pudesse acumular forcas em âmbito estadual e nacional no processo de intervenção e mobilização nacional. Esta política geral foi definida na reunião do Comitê Político de Itaparica (2008). A partir daí a AMB passou a estruturar suas ações em Frentes de Luta, planejadas anualmente. Na reunião do comitê político são definidas as estratégias e prioridades em cada frente e a agenda de mobilizações nacionais de acordo com a conjuntura nacional e local, a esta agenda os agrupamentos estaduais são convidados a aderir. O grau de adesão dos agrupamentos em cada Estado é um elementos importante para tornar mais forte ou mais fraca cada Frente de Luta.
Hoje a AMB organiza suas ações em 9 Frentes de Luta, algumas ainda em processo de construção. São elas: Fim da violência contra as mulheres; Aborto legal e seguro; Fim do racismo; Reforma do sistema político; Políticas publicas para as mulheres; Justiça socioambiental; Previdência e seguridade universais; Alternativas a globalização capitalista; Fim da lesbofobia e da heteronormatividade.

Questões para debate:
1) Quais frentes de luta que estão consolidadas nos estados?
2) Quais os elementos fundamentais para consolidar um processo de luta na AMB?
3) No contexto atual, quais a lutas prioritárias para a AMB?

Sugestões de como fazer:
1. Fazer um debate avaliando as Frentes de Luta que são desenvolvidas pelo agrupamento da AMB no Estado, discutir a relação com a ação política nacional da AMB e refletir sobre as prioridades.
2. Resgatar a última avaliação feita pelo agrupamento estadual sobre suas lutas, apresentar em uma roda de conversa e, a partir daí, debater quais deveriam ser as prioridades em nível nacional.
3. Fazer uma oficina analisando uma experiência de luta que tenha ocorrido no Estado, protagonizada pelo agrupamento estadual da AMB, e a partir deste debate elencar quais são os elementos fundamentais da construção de um processo de luta feminista. No final, tomando por base estes elementos estruturadores de um processo de luta, elencar quais deveriam ser as lutas prioritárias nacionais na AMB

Subsídios:
• Documento Política Geral da AMB. Disponível em meio eletrônico a partir de solicitação à secretaria.
• Slides de apresentação geral da AMB. Disponível em meio eletrônico a partir de solicitação à secretaria.
• Revistas Articulando a Luta Feminista nas Políticas Públicas.
• Slides da participação da AMB no Fórum Social Mundial de 2009 em Belém do Pará. Disponível em meio eletrônico a partir de solicitação à secretaria.



 Organização
A Coordenação Executiva Nacional da AMB constitui a Comissão Organizadora do ENAMB e é responsável por impulsionar a organização do Encontro a partir das seguintes comissões (integradas por diversas militantes da AMB): a) Infraestrutura; b) Metodologia e Temática; c) Mobilização e Comunicação; d) Recursos e Finanças.
Para entrar em contato com qualquer uma das comissões, favor escrever para a Secretaria Executiva da AMB: Analba Brazão: analba_brazao@yahoo.com.br; Beth Ferreira: beferreira1@yahoo.com.br; e Maria Lúcia Oliveira: malu.cunhan@gmail.com. Coletivo de Comunicação: coletivocomunic_amb@googlegroups.com.

Contatos e informações sobre o ENAMB 2011 nos Estados:

• Articulação de Mulheres do Acre: Amine Santana aminecarvalho@uol.com.br; Nadir de Oliveira - extrovertida13@hotmail.com; Leticia Luiza yananawá - redeac@gmail.com
• Articulação de Mulheres do Amapá: Lídia Trajano - lidiacosta@hotmail.com; Joaquina Lino - jofemea@bol.com.br; Kátia Cilene de Almeida - mendonsa@gmail.com
• Articulação de Mulheres do Amazonas: Ana Isabel Guimarães-anaguisouza@hotmail.com; Socorro Prado - socorro.prado@oi.com.br; Jomar Araci Amaral -araci.amaral@gmail.com
• Articulação de Mulheres Brasileiras/RJ: Rogéria Peixinho: rogeriapeixinho@gmail.com; Graciela Rodrigues – graciela@equit.org.br; Schuma Schumaher - schuma@redeh.org.br.
• Articulação de Mulheres Brasileiras – MG: Flávia Gotelip - flaviagotelip@gmail.com; Juliana Perucchi -jperucchi@hotmail.com; Manuela de Sousa Magalhães - manusm@gmail.com
• Articulação de Mulheres do Mato Grosso do Sul: : Nathália Ziolhowsili -naticiso@yahoo.com.br; Roberta Rocha Schultz-rrochas74@yahoo.com.br; Alexandra Costa - alesociais@gmail.com
• Articulação de Mulheres de São Paulo : Josefina Gonçalves - jolunar@uol.com.br
• Fórum de Mulheres de Porto Alegre: Rubia da Cruz - rubia@themis.com.brmail; Maria de Lourdes de Oliveira - plplurdes@yahoo.com.br; Edilha Flores Mossalte - anamossatte@yahoo.com.br
• Articulação de Mulheres Tocantinenses: Patrícia Carvalho - patricia_carvalho@wvi.org; Bernadete Ferreira-bernadete_ap_ferreira@ibest.com.br; fórum_amt@yahoo.com.br; Sandra Monteiro - sanremonteiro@hotmail.com
• Fórum Cearense de Mulheres: Raylka de Souza Freitas - raylkasousa@ig.com.br; Neudenis Carvalho - neudenis@hotmail.com; Ozaneide de Paulo -ozaneidepaula@yahoo.com.br
• Fórum de Entidades Autônomas de Mulheres de Alagoas: Fernanda Ramires - nandamauricio4@hotmail.com; Nildete Pereira:
• Fórum Estadual de Mulheres Maranhenses: Maria de Jesus Bezerra -mariahgaviao@bol.com.br. Luiza Mendes – mariafirminadosreis@hotmail.com; Mary Ferreira – Mmulher13@hotmail.com
• Fórum Estadual de Mulheres do Piauí: Eulilita de Souza Santos - eulilita@yahoo.com.br; Miramar Torres Reis Leal - mira-torres@bol.com.br
• Fórum Estadual. de Mulheres do Rio Grande do Norte: Jolúzia Batista -joluzia@yahoo.com.br; Maria das Graças Lucas - gracalucas3@yahoo.com.br;
• Fórum Goiano de Mulheres: : Luzia de Oliveira-luzoliveira@yahoo.com.br; Maria de Fátima Veloso -fatimavcunha@gmail.com; Valkiria Carvalho-nacaomaria.retalho@gmail.com
• Fórum de Mulheres da Amazônia: Francy Junior francy_junior@yahoo.com.br
• Fórum Popular de Mulheres do Paraná: Dóris de Jesus – dorismargareth@terra.com.br
• Fórum de Mulheres do Distrito Federal: : Guacira César -guacira@cfemea.org ; Leila Rebouças - leila@cfemea.org; Natália Mori - Natalia@cfemea.org.br;
• Fórum de Mulheres do Espírito Santo: Edna Calabrez - guananira@yahoo.com.br; Ana Lucia da Rocha - analuconceicao@gmail.com;
• Ana Clemente ana.mulher.sorriso@gmail.com
• Fórum de Mulheres de Lauro de Freitas (Bahia) - Maria Soleneide Rodrigues -sullenascimento@yahoo.com.br; Valdinéia Santos Trindade - Valst80@hotmail.com
• Fórum de Mulheres de Pernambuco: Silvia Camurça - silvia@soscorpo.org.br; Sueli Valongueiro - sulavalongueiro@grupocurumim.org.br;
• Fórum de Mulheres de Santa Catarina: Zilda Martins - zildamq@hotmail.com;; Myriam Aldana - aldana@unochapeco.edu.br; Ana Claudia Araújo - anitaaraujo.2708@gmail.com;
• Fórum de Mulheres de Sergipe: Izabel Cangirana - izabel.cangirana@bol.com.br; Cláudia Costa – claudiatigre1014@hotmail.com
• Fórum de Mulheres de Mato Grosso: Jakeline Silva-jackelinesilv@hotmail.com
• Fórum de Mulheres da Paraíba: aditargino@yahoo.com.br
• Fórum Municipal da Mulher de Porto Alegre: Rubia da Cruz - rubia@themis.com.brmail; Maria de Lourdes de Oliveira -plplurdes@yahoo.com.br; Edilha Flores Mossalte -anamossatte@yahoo.com.br
• Fórum de Mulheres da Amazônia Parense mcosta@fasepa.org.br;mcosta@fase.org.br; Domingas Caldas mdomingasdepaula@yahoo.com.br; Nilde Sousa - nil.frsousa@yahoo.com.br; Luzia Bethânia Conceição - forummulherpara@yahoo.com.br
• Núcleo de Mulheres de Roraima: Nelita Frank - nelitafrank@ibest.com; Marineide da Costa - marineideperes@hotmail.com; Elzilene Libório - leneliborio@bol.com.br
• Rede de Mulheres em Articulação da Paraíba: Roseane Barreto - carinhorj@bol.com.br;

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A AMB é uma articulação feminista, anti-racista, não partidária, que articula e potencializa a luta feminista das mulheres brasileiras nos planos locais, nacional e internacional, mobilizando organizações de mulheres comprometidas com a transformação social.
Acesse o blog do ENAMB 2011 www.articulacaodemulheres.org.br para mais informações sobre o Encontro Nacional.
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Encontro Nacional da AMB 2011
Boletim n° 02 | 10 de dezembro de 2010
Comissão de Mobilização & Comunicação
Jornalista responsável: Kristina Lima