terça-feira, 8 de maio de 2018

28/04/2018 Vivências Interculturais na Sede da Dandara no Cerrado com as Cientistas Sonia Guimarães e Vera Lúcia Klein


Aconteceu no dia 28 de abril de 2018 a Ação do Projeto Investiga Menina! na Sede da ONG Grupo de Mulheres Negras Dandara no cerrado com a participação de várias mulheres negras onde a cada uma contribui com seu saber para que o dia ficasse mais gostoso e participativo.

Esteve presente conosco mulheres Cientistas que faz a diferença na construção da participação das Mulheres nas Exatas trabalhando a questão de gênero, racismo e machismo nas Ciências.

A Vivência Intercultural foi com a presença de duas grandes Cientistas sendo elas Sônia Guimarães e Vera Lúcia Klein com suas histórias de vida e saberes.

Coordenadora Geral da ONG Deuzilia Pereira da Cruz e a Itamara Crhystina Marques mulheres negras kalunga - Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado esbanjando compromisso e alegria.
Coordenadora do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado acolhendo nossas cientista na Sede da ONG Dras. Sonia Guimarães e Vera Lucia Gomes Klein
Coordenadora pela ONG Marta Cezaria de Oliveira fala na abertura do evento fazendo memoria deste momento e lembrando que esta acontecendo porque ao longo dos anos dedicamos nossa caminhada em prol do empoderamento de mulheres negras na educação e em especial agora incentivando mais mulheres para desafiar nas Exatas.

Coordenadora do Projeto pela ONG e LPEQI/UFG Dra. Anna Canavarro Benite (Anita) apresenta o projeto com toda sua dimensão, fala das instituições apoiadoras e apresenta as Cientistas presente nesta vivência. 
 Acolhe a todos presente e passa a fala para a Sonia Guimarães. 

Sônia Guimarães foi a primeira mulher negra professora no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) de São José dos Campos. Ela entrou para a sala de aula do ITA quando as mulheres ainda não eram aceitas no vestibular da instituição militar mais tradicional do país.
Começa sua fala apresentando um pouco sua trajetória de vida  e seus trabalhos realizados ao longo de sua caminhada.
As roupas coloridas e a risada alta contrastam com os corredores silenciosos dos laboratórios e com as fardas azuis dos militares da instituição. Professora de física há 26 anos no ITA, ela também é pesquisadora na área - onde a presença feminina é ainda menor.


Sônia decidiu pela Física em 1976, quando saiu da escola pública para a concorrida Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A sala era composta por 50 alunos, onde apenas cinco eram mulheres. Ela deixou a casa dos pais, tapeceiro e comerciante, para estudar fora aos 19 anos. “Eles tinham orgulho, era a primeira mulher da minha família a ir para a faculdade”, conta.

Escolheu a carreira acadêmica e partiu da graduação para o mestrado e doutorado - o último feito na Inglaterra. E, como se isso já não fosse grande para a menina que deixou a casa dos pais, entrou para o ITA em 1993 como um marco.
Era a primeira negra da instituição, que tinha um número pequeno de docentes mulheres. Sônia conta que sempre defendeu a presença feminina nas exatas e que era um contraste ser professora no ITA, que passou a aceitar mulheres como alunas apenas três anos após sua entrada.

Mais de vinte anos depois, o número de mulheres é ainda restrito – entre os 110 aprovados em 2018, apenas sete eram meninas. Nos últimos cinco anos, o ITA recebeu 700 alunos e desses apenas 60 eram mulheres, segundo os dados do próprio instituto.


“É uma instituição conservadora, masculina e branca. Mas aos poucos estamos ganhando espaço. Isso tudo era restrito e anos de exclusão são revertidos aos poucos".

"O conservadorismo pode até desacelerar esse processo, mas hoje já não é mais capaz de nos parar”, disse.

Encerrando sua fala abriu para as perguntas onde houve um diálogo bem legal, onde até as crianças presentes fizeram perguntas sobre sua atuação.
 As mulheres presentes encheu-a de perguntas e cada pergunta que ela respondia parece que crescia o elo entre o grupo e as cientistas presente.

A concentração do grupo foi muito boa mesmo com um espaço bem apertado igual a nossa caminhada. Mas sempre com sorrisos nos rostos e muita alegria.
Muita concentração nas falas.

Agora chegou a vez da Vera Klein falar sobre sua trajetória e experiencias enquanto Bióloga, fez uma linda memória da sua caminhada até chegar neste momento das ações junto ao Investiga Menina! E pede para podermos caminharmos sempre juntas...
Dra. Vera Lúcia Klein - Possui doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Paulo (2000), mestrado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990) e graduação em Biologia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Fundação Técnica Educacional Souza Marques (1976).
Atualmente é professora associada IV da Universidade Federal de Goiás, onde orienta diversos estudantes (graduação e pós-graduação) e ministra disciplinas para os cursos de graduação em Biologia, Zootecnia, Ecologia, Farmácia e Agronomia (Morfologia e Taxonomia Vegetal). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Florística, Sistemática e Taxonomia de Fanerógamos, atuando principalmente nos seguintes temas: Cucurbitaceae, Cayaponia, Biodiversidade, Flora dos Estados de Goiás e Tocantins.
Foi coordenadora do XXIII Curso de Editoração Científica organizado pelas Associação Brasileira de Editores Científicos - ABEC, Universidade Federal de Goiás, Universidade Estadual de Goiás e Pontifícia Universidade Católica de Goiás, realizado em Junho de 2015.
É diretora da Unidade de Conservação da UFG, que compreende o Herbário UFG, Bosque August Saint Hilaire e Reserva Biológica Prof. José Ângelo Rizzo ? Serra Dourada, editora associada da revista científica do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás, Revista de Biologia Neotropical e coordenadora da família Cucurbitaceae Juss., nos projetos: Lista de Espécies da Flora do Brasil e Flora do Brasil 2020. No momento é, ainda, membro titular do Conselho Superior da Sociedade Botânica do Brasil e membro titular do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Editores Científicos, ABEC. É membro do comitê organizador do XX International Botanical Congress, XX IBC 2023.
Momento do dialogo entre a pesquisadora e participantes. Surgiu muitas perguntas e com um conteúdo que cada vez mais enriquecia o debate na vivência. Também houve muita concentração.
Tivemos um momento muito especial com a nossa Poetisa Leonor Nunes Machado declamando e depois cantando. Grande mulher que mostrou muito cedo o que é ser feminista mesmo sem ter estado no movimento, mas sua vida desde de cedo a trouxe para a luta com sua coragem e força. 

Anita Agradece Vera Lucia Klein e Sonia Guimarães por este momento de partilha tão rico.

Agora é hora dos diálogos. Trocas de experiências. Registros de fotos, pois algumas pessoas já tiveram que sair e outras vão sair logo por outros compromissos.

...veja como é bom registrar compromisso...

Muitas estão na cozinha terminando o almoço, tem gente que não saiu em nenhuma foto.

Só alegria!!!


Foto do fim da ação com um pouco dos participantes no evento. em seguida almoçamos pois a Vera Lúcia e outros pessoas tinham que sair logo.
 Outras ficaram e ai foi várias seções de fotos individuais, coletivas...