sexta-feira, 19 de julho de 2019

13/07/2019 Encontro A Força das Mulheres Populares tem o poder de transformar o sistema Político.


 O Evento aconteceu no dia 23 de julho de 2019 no Clube dos Bancários, Av. Planície, 454 - Vila Itatiaia, Goiânia - GO, 74045-155, onde várias mulheres se reuniram para refletir sobre este momento político e como ele atinge a vida das mulheres. Com Roda de Reflexão - Desafios da Conjuntura para as Mulheres e a Democracia, com a presença de representantes do movimento de mulheres negras, indígenas,  do campo e feminista. Dinâmicas, leituras, debates e muita reflexões. Muita alegria e sabores e saberes partilhados.

 Acolhida de Apresentação Interativa (das participantes e da programação)

Muita acolhida e animação
Kelly Gonçalves e Ana Paula Prado faz a abertura e fala da importância deste evento para as mulheres de Goiás e do Brasil. Lembramos que este é mais um evento, pois em vários pontos do país as mulheres da articulação de Mulheres Brasileiras estão se reunindo em e Estados, grupos e cada uma com temáticas diferentes, mas todas com o mesmo objetivo. Fortalecer a luta e esperança de dias melhores para as mulheres e nosso país.

Marta Cezaria e Professora Iarle Ferreira registrando este momento.

Rodas de saberes, partilhas de expectativas

São tantos sonhos e esperanças!!!

Vejam!!!

Buscas....

Construções coletivas!!!

Vamos caminhando...

Resistência Sempre!!!


 09:00 - Roda de Reflexão - Desafios da Conjuntura para as Mulheres e a Democracia com a presença de representantes do movimento de mulheres negras, indígenas,  do campo e feminista 
Marta Cezaria de Oliveira faz uma retrospectiva da caminhada das mulheres negras em Goiás desde o inicio da caminhada com o Projeto Mulheres Negras construindo a consciência cidadã até o momento atual.

Conversando e memorizando nossa história aqui em 2008


PRINCÍPIOS DO FÓRUM GOIANO DE MULHERES
O Fórum Goiano de Mulheres (FGM) é uma articulação política das entidades que trabalham com ações para as mulheres. Existe formalmente desde 1994, a partir da preparação para a IV Conferência Mundial sobre a Mulher – Beijing’95.
Foi criado com a finalidade de investir na consolidação das organizações de mulheres e monitorar a aplicação da Plataforma de Ação de Beijing'95 e Conferência de desenvolvimento e população-Cairo'94 assinadas em acordo entre os governos dos diversos países, inclusive, o governo Brasileiro.
Ao longo dos últimos anos, o FGM tem sido gerador de momentos de avaliação, denúncias e educação, de maneira especial articulando as datas comemorativas relacionadas às mulheres como o Dia Internacional da Mulher – 8 de Março, Dia internacional de ação pela saúde da mulher - 28 de maio, Dia da mulher afro latino-americana e afro caribenha – 25 de julho, Dia latino-americano pela despenalização do aborto – 28 de setembro, Dia internacional da não - violência contra mulher – 25 de novembro, Dia internacional da luta contra a AIDS – 1º de dezembro e também propondo políticas públicas para melhoria da qualidade de vida das mulheres.
Neste momento de sua rearticulação, REAFIRMAMOS OS PRINCÍPIOS DO FGM EM CONSONÂNCIA COM OS PRINCÍPIOS FEMINISTAS:
DEFENDER INCONDICIONALMENTE OS DIREITOS DAS MULHERES BRASILEIRAS
CONSTITUIR-SE COMO UM MOVIMENTO AUTÔNOMO E QUE DEFENDA A AUTONOMIA DAS MULHERES
DEFENDER O DIREITO DE DECIDIR QUANTO AO ABORTO E AOS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS
SOLIDARIEDADE ÀS MULHERES DO MUNDO
DEFENDER A ÉTICA FEMINISTA
SER UMA INSTÂNCIA DE ARTICULAÇÃO COM OS GOVERNOS E SUAS INSTÂNCIAS

ÁREA DE ABRANGÊNCIA
Estado de Goiás

OBJETIVOS
Construir uma unidade de ação em torno das políticas para as mulheres.
Congregar e articular as entidades do movimento civil e social, em Goiás, que tenham como objetivo a defesa dos direitos das mulheres e promovam ações/políticas nesse sentido.
Monitorar as Políticas Públicas para as mulheres em Goiás.
Contribuir para o cumprimento dos pactos internacionais firmados pelo Brasil.
Fazer formação feminista.
Participar das lutas feministas locais, nacionais e internacionais.

COMPOSIÇÃO E COORDENAÇÃO DO FGM
Em seus 10 anos de existência, o FGM teve duas coordenações. De 1994 a 2001, o Grupo Transas do Corpo foi a entidade que coordenou o FGM, representado pela feminista Rurany Ester Silva. A partir do final de 2001, o Grupo Oficina Mulher assumiu a coordenação do FGM, representando pela feminista Angelita Lima até meadas de 2005 e hoje conta com uma coordenação colegiada provisória Sendo em primeira etapa de transição Marta Cezaria, angelita e Izabel. Depois uma outra etapa sendo que Izabel deixa o grupo por uns meses e entra a companheira Lidiane  e numa reunião do dia..... no Centro Popular da Mulher a coordenação é reafirmada com as companheiras: Marta Cezaria, Izabel Teixeira, Valkiria Fernandes e Célia Pimentel ....Atualmente o FGM tem a sua coordenação colegiada composta pelas companheiras: Denise Borges Barra de Azevedo (Dandara), Maria de Fátima Veloso Cunha (Sindsaúde), Valkíria Fernandes de Carvalho ( Nação Maria Retalho) e Larissa Oliveira Costa (OAB)

Quem deve e pode compor o FGM:
Instituições de movimentos sociais feministas, organizações da sociedade civil e mulheres independentes que concordem com os princípios do FGM.



3. Composição da Coordenação
Coordenação Colegiada com representações de entidades assim determinadas: um grupo feminista, um grupo que represente as mulheres que se organizam na luta por igualdade racial e étnica, e uma organização da sociedade civil.
Cada coordenadora terá uma suplente
4.     Mandato da coordenação: dois anos

ELEIÇÃO
A prática do movimento feminista sempre foi a construção do consenso. Mas, dependendo da complexidade do momento, realiza-se votação. Por isso, propomos que se não for possível o consenso, a eleição da coordenação do FGM seja da seguinte maneira:
1 - As entidades candidatam-se.
2 – Realiza-se a votação, sendo que cada grupo tem direito a um voto. Se houver independentes presentes na reunião, o seu conjunto tem direito a um voto também.
Responsabilidades dos Fóruns:
Repasse de Informações;
Encampar e divulgar no estado as campanhas e outras ações propostas pelo Comitê Político Nacional;
Todos os objetivos e papeis da Articulação Nacional  será objetivo dos Fóruns Estaduais dentro de cada Estado, principalmente o papel de aglutinar as ações do movimento;

O que entendemos por Ponto Focal?
Local aglutinador e norteador das ações que serão definidas pelo Comitê Nacional em um         determinador Eixo Temático;
Qual o sua responsabilidade?
Coordenador e encarregado pelo desenvolvimento das ações, em áreas especificas, que serão executadas pelo Fórum Estadual;

O que é Eixo Temático?
É o tema tirado como prioridades em determinado período
Quais as melhores formar de funcionarmos? Como agilizarmos a nossa Comunicação- Que cada Fórum terá um Grupo e ou ONG responsável por um Eixo temático.
1.      Saúde - Grupo Transas do Corpo e Grupo de Mulheres Negras Malunga
2.      Violência - CEVAM - Centro de Valorização da Mulher, Grupo de Mulheres Negras Dandara e Oficina Mulher
3.      Educação - PIM Programa Interdisciplinar da Mulher e Grupo Transas do Corpo
4.      Autonomia, Economia, trabalho e Pobreza - CPM e Dandara
5.      Raça e Etnia – Mulheres negras Malunga e Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado

Fórum SEDE? Qual o papel / responsabilidades?
·         Será o contato para os outros movimentos;
·         Será o ponto de Convergência do Comitê Nacional;
Mapeamento político do FGM em 2008 

1. NOME COMPLETO DO FORUM, NÚCLEO, REDE, ARTICULAÇÃO
         FÓRUM GOIANO DE MULHERES

2. DATA DE CRIAÇÃO
         1994 – Ida para Beijing

3. INTEGRANTES:

Apresentar lista das organizações e informação se há ou não participação individual (em nome próprio).

  1. Articulação de Lésbicas Feministas de Goiás – Lilazes
  2. Articulação Nacional de Saúde e Educação Popular – Goiás
  3. Associação das Donas de Casa de Rio Verde
  4. Associação das Mulheres Surdas do Estado de Goiás
  5. Associação de Comunicação das Mulheres no Rádio
  6. Associação Desenvolvimento das Comunidades Quilombolas Minaçu - GO
  7. Associação Filantrópica de Aparecida de Goiânia – AFAG
  8. Associação Ipê Rosa
  9. Associação Quilombola Buracão/ Mineiros
  10. Associação Quilombola do Cedro
  11. Associação Quilombola Três Reis Magos
  12.  Centro de Referência Lélia Gonzáles
  13. Centro de Valorização da Mulher/ CEVAM
  14. Centro Popular da Mulher/ UBM
  15. Comissão da Mulher Advogada da OAB/GO
  16. Convenção Nacional das Mulheres das Assembléias de Deus/CONAMAD
  17.  Feministas Autônomas –Total de 11 (onze)
  18. Fórum de Transsexuais do Estado de Goiás
  19. Grupo de Estudantes Negros e Negras da UFG – Cambenas
  20. Grupo de Mulheres Ciganas do Estado de Goiás
  21. Grupo de Mulheres da Associação Quilombola Pombal
  22. Grupo de Mulheres da Congada 13 de Maio
  23. Grupo de Mulheres Negras da Congada Vila João Vaz
  24. Grupo de Mulheres Negras Malunga
  25. Grupo de Negra Mulheres Samba Crioula
  26. Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado
  27.  Grupo Oficina Mulher
  28. Grupo Oxumaré Negritude e Direitos Humanos
  29. Grupo Pérola Negra
  30. Grupo Transas do Corpo
  31. Grupo Visual Ilê
  32. Liga de Mulheres de Senador Canedo
  33. Mulheres da Casa de Cultura da Comunidade Negra de Goiás - Cacune
  34. Mulheres da Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de Goiás
  35. Mulheres Quilombolas da Malhadinha
  36. Mulheres Quilombolas do Jardim Cascata
  37. Organização de Mulheres Nação Maria Retalho
  38. Programa Interdisciplinar da Mulher Pesquisa e Extensão da Universidade Católica de Goiás  (PIM-EP)
  39.  Secretaria da Mulher - Central Única dos Trabalhadores/ CUT
  40. Secretaria da Mulher – Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás – Sindsaúde
  41. Secretaria da Mulher – Sindicato dos Trabalhadores em Educação – Sintego
  42. Secretaria Estadual de Mulheres do PT 
  43. Secretaria para Assuntos da Mulher – Sindicato dos Professores do Estado de Goiás -  Sinpro

4. REPRESENTANTES NO COMITÊ POLÍTICO DA AMB
Nome completo e apelido de cada uma.
1- Denise Borges Barra de Azevedo – Denise Barra
Telefone: (62) 9977 6316/ 3945 5837 e Trabalho: 3201 8598
Espaços de militância:
Ø  Representante do Fórum Goiano de Mulheres no Comitê da AMB por um ano;
Ø  Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado;
Ø  Rede de Atenção a Mulheres, Crianças e Adolescentes em Situação de Violência;
Ø  Comitê Nacional de Enfrentamento a Violência de Criança e Adolescência;
Ø  Funcionária Pública – Coordenadora Estadual do Programa Bolsa Família e Cadastro Único;
Ø  Comissão Executiva da Organização da 4ª Conferência Estadual de Direitos Humanos;
Ø  Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas;
Ø  Entre outros.

Escolaridade e formação:
Ø  Superior Completo – Assistente Social

2- Valkíria Fernandes de Carvalho

Telefone: (62) 92615491 e (62)84436946

Espaços de militância:
Ø  Representante do Fórum Goiano de Mulheres no Comitê da AMB;
Ø  Organização de Mulheres Nação Maria Retalho;
Ø  Rede Afro LGBT;
Ø  Conselho Consultivo da Associação Quilombola de Trindade;;
Ø  Comissão Executiva das conferências estaduais de: Segurança Alimentar, De Políticas para Mulheres e de LGBTTs;
Ø  Assembleia Estadual de Políticas de Economia Solidária;
Ø  Fórum Estadual de Economia Solidária;
Ø  Fórum LGBTT;
Ø  Entre outros.

Escolaridade e formação:
Ø  Ensino médio completo
Ø  Curso Técnico Profissionalizante em Dança
Ø  Artista Plástica

3- Maria de Fátima Veloso Cunha
Telefone: (62) 32310303         e (62)  92478233 (62)92722110

Espaços de militância:
Ø  Conselho Estadual de Saúde;
Ø  Conselho Municipal de Saúde;
Ø  Partido dos Trabalhadores (PT);
Ø  Fórum Estadual em Defesa do SUS;
Ø  Entre outros.

Escolaridade e formação:
Ø  Ensino superior completo

4. Larissa Oliveira Costa – OAB Goiás

No momento esta fazendo Mestrado e tem pouca tempo para estar participando

5.  INSERÇÃO POLÍTICA
Listar os espaços (locais, regionais, nacionais e internacionais) nos quais o agrupamento estadual mantém participação (ex. Conselhos - dizer quais; redes feministas - dizer quais; marchas- dizer os nomes, assembléia popular, comitês do FSM, central dos movimentos populares, coordenação dos movimentos sociais, etc.).

·         Comissão Executiva/Operativa do Fórum da Sociedade Civil para a Conferência Regional das Américas;
·         Comitê Brasileiro da Conferência de Revisão de Durban;
·         Comitê Político da Articulação de Mulheres Brasileiras
·         Conselho de Integração Universidade-Sociedade
·         Conselho Estadual da Mulher;
·         Conselho Estadual de Saúde
·         Conselho Municipal de Saúde
·         Conselho Nacional dos Direitos da Mulher;
·         Fórum de Transexuais de Goiás;
·         Fórum Estadual de Direitos Humanos;
·         Fórum Goiano de Economia Solidária;
·         Fórum Goiano de Mulheres
·         Fórum Goiano de Saúde Mental
·         Fórum LGBTT
·         Fórum Nacional de Mulheres Negras
·         Núcleo de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas;
·         Programa Interdisciplinar da Mulher Pesquisa e Extensão da Universidade Católica de Goiás  (PIM-EP)
·         Rede de Atenção a mulher criança e adolescente em situação de violência
·         Rede de Gênero
·         Rede de Pesquisa Afrodescente

  1. ABRANGÊNCIA
Atuação é mais centrada em Goiânia e no entorno: Trindade, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo. Também há ações no interior: Mineiros, Rio Verde, Minaçu, Santa Rita do Novo Destino, Barro Alto, Posse, Santa Rita do Araguaia, Cavalcante, Teresina e Monte Alegre.

7. FORMA DE ORGANIZAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO AGRUPAMENTO ESTADUAL

         O Fórum Goiano de Mulheres tem coordenação colegiada que foi renovada, em parte, em 09 de fevereiro de 2009 com votação por aclamação.
         As reuniões são feitas, sempre que possível, mensalmente para discutir posição política acerca de questões diversas: ações governamentais, da sociedade civil, agendas e programações do Fórum Goiano de Mulheres.
         As bandeiras que mais mobilizam as militantes são o combate à violência contra as mulheres e a participação das mulheres nos espaços de poder.
         As temáticas trabalhadas, discutidas e refletidas com as mulheres abordam as questões do direito ao aborto, combate à violência contra mulher, combate ao tráfico de pessoas, autonomia das mulheres, saúde e empoderamento das mulheres negras, combate à feminilização da Aids, garantia dos direitos sexuais e reprodutivos.

  O agrupamento tem documentos que tratem da dinâmica ou normas de funcionamento, como carta de princípios, regimento interno, estatuto ou algo semelhante? Se não, como são definidas/encaminhadas as formas de funcionamento?

     O fórum Goiano de Mulheres é regido por uma carta de princípios em anexo.

8. “SABERES E HABILIDADES” ENTRE A MILITÂNCIA ENGAJADA
Por favor, responda e indique os contatos das companheiras que tem saberes e habilidades importantes para nosso movimento:
  há fotógrafas ? Importante para documentação da memória do movimento? Sim, mas amadoras.

  há jornalistas? Importante para documentação e visibilidade, política de aliança. Sim. Angelita Lima

  há costureiras? Importante para produção de material de mobilizações, bandeiras, faixas. Sim. Valkíria Fernandes de Carvalho e Francineide Rodrigues de Oliveira: nacaomaria.retalho@gmail.com, Daelir Rodrigues da Silva: mdandaranegras@yahoo.com.br

  há pintoras, letristas, desenhistas, artistas plásticas, arte-educadoras? Sim. Valkíria Fernandes de Carvalho e Francineide Rodrigues de Oliveira: nacaomaria.retalho@gmail.com

  há instrumentistas/musicistas? Sim. Francineide Rodrigues de Oliveira: nacaomaria.retalho@gmail.com

  há bailarinas, dançarinas, artistas circenses? Sim. Valkíria Fernandes de Carvalho: nacaomaria.retalho@gmail.com

  há acadêmicas, filósofas, pesquisadoras? Sim. Luzia Aparecida de Oliveira: luzoliveira@yahoo.com.br, Aldevina Maria dos Santos: aldevinamaria@hotmail.com, Mariana Cunha Pereira: mcunhap@yahoo.com.br,  Maria Vilma Mendes: mariavilmamendes@yahoo.com.br, Gildeneide dos Passos Freire: advgoias1@gmail.com

  Outras habilidades: Educadoras populares: Maria de Fátima Veloso Cunha: fatimavcunha@gmail.com, direitos sexuais e reprodutivos: Grupo de Mulheres Negras Malunga: alessandramalunga@gmail.com, grupomalunga@hotmil.com.

9. LOGÍSTICA ACESSÍVEL À MILITÂNCIA ENGAJADA
  Quem da militância engajada (proporção e perfil) tem acesso próprio a Internet? Em torno de 60%.
  Onde há acesso gratuito à Internet cedido para o movimento? Em nenhum lugar que seja do nosso conhecimento.
  O agrupamento tem sala ou sede? Se sim, é alugada ou cedida (por quem?)?
  Há dificuldades de logística de outro tipo? De que tipo? O Fórum Goiano de Mulheres não possui sede. Atualmente a sede é cedida pelo Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado.
Não possui computador, material de escritório, secretária, etc. Toda estrutura é cedida pelo Dandara.
  Com que estrutura conta para ligações, ações de mobilização, local de reunião, etc? As ligações são feitas dos celulares das coordenadoras e dos telefones do Dandara. As reuniões são feitas na sede do Dandara.
  
10. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DA MILITÂNCIA.
  Quais as formas/fontes de financiamento das ações/atividades do agrupamento local? Contribuições esporádicas das entidades e das mulheres que compõem o Fórum Goiano de Mulheres.
  Tem contribuição das pessoas ou entidades que integram o agrupamento? Sim, esporadicamente. A maior parte e mais freqüente das contribuições são do Grupo Dandara.
  Têm projetos financiados por agências de cooperação? Quais? (Que tipo de projetos?) Para o ano de 2009 há um projeto aprovado em parceria com o Grupo Dandara e a Rede de atenção às mulheres, crianças e adolescentes em situação de violência. 
  Têm projetos financiados por órgãos de governos? (Que tipo de projetos e com que órgãos?) O projeto para 2009 é financiado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Vale destacar que apesar de várias tentativas este é o primeiro projeto aprovado nos últimos quatro anos.
  Têm parcerias com entidades/ONGs locais ou nacionais?.. Sim, com o Grupo Dandara e a Rede de atenção à crianças, adolescentes e mulheres  em situação de violência de Goiânia. 

11. EXPERIÊNCIAS RECENTES DE FORMAÇÃO POLÍTICA FEMINISTA
Nos últimos 3 anos, em quais atividades de formação as militantes participaram? Liste nome (curso, seminário, etc.), temática e nome da entidade que promoveu a atividade.
Indique se há iniciativa própria locais de formação política feminista no estado.

1.    2º Seminário Nacional de Experiências na Atenção à Violência Doméstica e Sexual: Avanços.
Realização: Rede de atenção à crianças, adolescentes e mulheres  em situação de violência de Goiânia, Prefeitura de Goiânia/Secretaria Municipal de Saúde, UFG
Promoção: Ministério da Saúde.
Data: 28 a 30 de maio de 2008
Local: Goiânia

2.    Mulheres na Mira do Tráfico. Vamos inverter esse negócio
Promoção: Governo Federal/Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Prefeitura de Goiânia/Assessoria da Mulher
Data das oficinas: 27 de agosto, 24 de setembro, 8 de outubro, 22 de outubro, 26 de novembro.
Local: Goiânia

3.    Treinamento de mídia – violência contra as mulheres
Promoção: Instituto Patrícia Galvão e Coletivo Leila Diniz
Data: 16 e 17 de junho de 2007
Local: Brasília

4.    Curso: Fortalecendo as Organizações de Mulheres do Campo Democrático e Popular- 1ª e 2ª etapas
Data:
Promoção: SOS Corpo
Local: Recife- Pernambuco

5.    I Encontro Feminismos em Goiás: Fazeres e Saberes
6.    Programa de Formação da AMB sobre violência contra as mulheres
Promoção: AMB.

  1. Seminário Lei Maria da Penha X Família ....Dentre outras formações que encaminharemos posteriormente.
Um pouquinho da História do Forum Goiano de Mulheres/Articulação de Mulheres Brasileiras.
Falar da luta das Mulheres negras em Goiás é desafiante, mas resistimos e estamos aqui .
I ENCONTRO FEMINISMO EM GOIÁS FAZERES E SABERES
Formas de atuação do feminismo
Texto de Marta Cezaria de oliveira

     São tantas formas de atuação do feminismo que é difícil de explicá-las teoricamente, mais fácil é identificá-las no dia a dia, na caminhada de todas nós, mulheres, que fazemos o feminismo, atuamos no Fórum Goiano de Mulheres e nem sempre teorizamos sobre nossa prática.
São formas variadas de feminismos, mas com a mesma capacidade de construção. Mulheres da academia, de bairros, de sindicatos, do interior, das instâncias governamentais, de ONGs, do movimento social, mulheres negras, jovens, indígenas, lésbicas, religiosas,  políticas, quilombolas, estudantes e outras tantas mais. 
                  Portanto, para falar dos nossos fazeres feministas, é importante retomar a Mesa “Tendências do Feminismo” que iniciou esse I Encontro Feminismos em Goiás: Fazeres e Saberes. A primeira fala da companheira Luzia Aparecida de Oliveira, feminista que atua como Presidenta do Conselho Estadual da Mulher do Estado de Goiás, possibilitou a análise de uma das formas de atuação das feministas, na atualidade, que é a ocupação de instituições governamentais. Ela apresentou, inicialmente, sua concepção de feminismo ligada à superação da opressão sobre as mulheres, por meio da mudança de paradigmas e da transformação da sociedade. Relatou a trajetória histórica do movimento feminista, desde os seus primórdios, quando se destacava o que identificava as mulheres entre si, não se dando relevância às suas diferenças, e a luta das mulheres se baseava na idéia de uma identidade coletiva. Em seguida, apontou as mudanças que se deram ao longo da caminhada das mulheres feministas chegando até os dias de hoje quando emerge o feminismo preocupado com as diferenças: as desigualdades socioeconômicas, raciais e de orientação sexual, tanto dentro como fora do movimento feminista. E encerra tecendo reflexões instigantes acerca da participação de feministas em organismos estatais.
                 A companheira Maria José Rocha, a Zezé, com seu olhar de feminista da academia, relembrou a metáfora do caldeirão que simboliza a integração das variadas formas de feminismos em Goiás. “Caldeirão que ferve, aquece, que produz a magia e a sabedoria de nossas ancestrais que se perpetuam e ecoam num só grito: as bruxas sobreviveram e nós também!”. De forma poética e teórica retomou a vida de luta das mulheres feministas e refletiu sobre a liberdade conquistada a partir de transgressões e inovação da caminhada do movimento feminista.
           Joana Plaza, feminista atuante em ONG, aborda um feminismo que tem sua atuação institucional dependente de financiamentos de agências internacionais. Abordou o tema a partir de uma concepção teórica focada em uma vivência feminina que, por meio da busca de autonomia das mulheres sobre o próprio corpo, constrói sua emancipação e novos paradigmas feministas, ao longo dos anos de estudos, de descobertas, e de busca do eu feminino.
        Portanto, falar das formas atuais do feminismo é também reler a história de companheiras como Carmelita de Brito e Terezinha Coelho que me antecederam nessa mesa de debate. É falar da atuação histórica do Fórum Goiano de Mulheres que atuou decisivamente na construção e organização do feminismo em Goiás. Relembrar quando as companheiras Eline Jonas, Joana D’Arc Aguiar e Rurani Ester Silva, chamam uma reunião, na Rua 8, na Sede do Grupo Transas do Corpo, no dia 28 de maio de 1996, para iniciar a articulação das mulheres de Goiás. Inicialmente intitulado Fórum de Mulheres de Goiás e com o objetivo de constituir uma Articulação de Mulheres de Goiás rumo a Beijing.
      Depois da realização da IV Conferência de Mulheres, essa articulação foi retomada para implementar as deliberações estabelecidas na Plataforma de Ação de Beijing, além de buscar o fortalecimento do Movimento de Mulheres no Estado de Goiás.
                  Desde então, em seus 11 anos de existência, o FGM esteve sob três coordenações: de 1994 a 2001, o Grupo Transas do Corpo foi à entidade que coordenou o FGM, representado pela feminista Rurany Ester Silva. A partir do final de 2001, o Grupo Oficina Mulher assumiu a coordenação do FGM, representando pela feminista Angelita Lima até meadas de 2005 e hoje conta com uma coordenação colegiada iniciada em janeiro de 2005, composta inicialmente  por Marta Cezaria de Oliveira, Angelita Pereira de Lima e Izabel Teixeira, representantes respectivamente do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado, Oficina Mulher e Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-GO. Em outra etapa, de março a julho de 2005, a coordenação colegiada foi composta por Marta Cezaria e a companheira Lidiane Gonçalves, feminista autônoma. Em outubro de 2005, em reunião realizada na sede do Centro Popular da Mulher, a coordenação colegiada passa a ser composta pelas companheiras: Marta Cezaria de Oliveira, Izabel Teixeira Campos, Valkíria Fernandes do Fórum Goiano GLBT e Célia Carvalho Pimentel da Secretaria para Assuntos da Mulher Trabalhadora do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (SINPRO-GO). No encontro promovido pelo FGM intitulado “Quem somos e o que queremos”, a coordenação passou a ter nova composição com a renúncia da companheira Izabel Teixeira Campos. Desde então, o FGM está sob a coordenação de Marta Cezaria de Oliveira, Célia Carvalho Pimentel e Valkíria Fernandes. No próximo mês de abril será realizada reunião para eleição de nova coordenação e dos grupos de trabalho do FGM.
                Em que pese as dificuldades de articulação e mobilização enfrentadas pelo FGM desde 2003, há de se ressaltar que essa nova coordenação colegiada  iniciada em meados de 2005, conseguiu rearticular o FGM e atualmente suas intervenções e ações têm tido destaque no cenário goiano e nacional.

Nesta trajetória do Fórum Goiano de Mulheres, não se pode deixar de destacar nomes de mulheres que fizeram a história do Fórum e do feminismo em Goiás : Rurany, Eline, Joana,  Goreti, Eliane, Anadir, Luzias, Divinas, , Zezé, Zilma, Dolly, Maras, Sônias, Andréia, Elaine, Genivalda, Terezinha, Marlucia, Oraida, Maria Zeneide, Aldevina, Zilda, Valéria, Nailde, Dita, Dailir, Darci, Angelita, Mazé, Bia, Marias, Marta Cezaria, Marta, Míriam, Marizélia, Laura, Marinas, Rita, Geraldas, Pureza, Bárbara, Denisyé, Valkíria, Graça, Fátimas, Francineide, Kemle, Isabel, Albinéia, Larissa, Denise, Dina, Paula, Ester, Procópia, Ieda, Cidas, Erondina, Mariana, Marly, Lucinete, Tânia, Preta, Sofia, Deuzilia, Itamara Cristina, Beth, Deuselina, Rosamaia, Marta Ivone, Ivana, Fernanda, Layse, Célia, Sandra,  Maristela, Adriana, Dalhia, Elza, Dulce, Valdete, Joaninha, Alda, Marlene, Maria José, Ângelas, Zita, Lenise, Iracilda, Cecília,  Linda, Ana Helena, Chica, Cristina, Consuelo, Raiza, Dalva, Betinha, Henuza, Jaqueline, Lílian, Thais, Lorena, Luana, Nair, Luciana, Neuza, Gildenide, Carol, Telma, Télcia, Carmelita, Lúcias, Olívia, Denise,...

 “Elas foram chegando, chegando pelas portas e janelas, avenidas e vilelas, elas estão chegando. Chegando para sarar as juntas, chegando para lutar, chegando para mudar.” Surgindo daí tantos grupos e formas de articulação como a Organização das Mulheres Negras Brasileiras; o Forum Nacional de Mulheres Negras; Fóruns estaduais de Mulheres; Forum Goiano de Mulheres; Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Sexuais Reprodutivos; A Rede de Desenvolvimento Humano - REDH; a Articulação Brasileira de Mulheres – AMB, União Brasileira de Mulheres - UBM. E ainda surgem mulheres nas universidades discutindo gênero, nos sindicatos, bairros, secretarias e tantas outras formas de atuação feministas. E nessa construção é como uma teia entrelaçada que gera que constrói a vida, vida doada em prol de outras vidas como os grupos de mulheres Negras Malunga, transas do Corpo, Centro Popular da Mulher, Mulheres negras Dandara no Cerrado, Pastoral da Mulher, grupo de mulheres Cora Coralina, Mulheres da Região Noroeste, Mulheres do grupo Nutrivida, mulheres do Grupo Oficina Mulher, Mulheres do Programa interdisciplinar Estudos e Pesquisa, Mulher do ipê Rosa, Mulheres das Comunidades Quilombolas, Mulheres das Delegacias de Mulheres, da Comissão Estadual da Mulher Trabalhadora – CUT GO, Mulheres do Conselho estadual da Mulher, Mulheres da Superintendência da Mulher, da Assessoria para Assuntos da Mulher, Mulheres da Rede de Atenção à Mulher Criança e Adolescente, Mulheres de Senador Canedo, do Forum de Mulheres Negras de Aparecida de Goiânia, mulheres dos GLBTS, Mulheres do núcleo de Ceres – GO, Mulheres Feministas Autônomas, Mulheres em Rede no Rádio, Mulheres atuando na luta pela Saúde, Mulheres do Sindsaúde, do SINPRO, Grupo Cultural Maria Retalho, Mulheres da OAB, Mulheres Surdas, Donas de Casa,... E este caldeirão foi sendo construído com cada mulher que ao logo dos anos no Fórum Goiano de Mulheres foram colocando a sua pedra nesta construção. Algumas estão há mais anos, outras entrando na caminhada, umas no meio e outras estão chegando. E o fogo que brota do fundo do caldeirão é que nos faz olhar para frente, além destas transformações incompletas e continuam nos instigando a pensar e fazer mais, o próprio feminismo está desafiado a se transformar. Ao longo dos anos ampliou se o entendimento acerca da diversidade e da desigualdade, mas ainda precisamos desafiar a nós mesmas para a construção da unidade na diversidade. Segundo a Metáfora do Caldeirão precisamos transgredir e inovar o nosso olhar sobre o fazer e o saber. Pois, segundo Sônia Corrêa “as mulheres e o feminismo estão desafiados a continuar se transformando” continuar os fazeres e saberes organizando para que outras companheiras cheguem juntas neste processo na construção da história das mulheres em Goiás.

O Fórum tem sido uma importante articulação para a criação e viabilização do Conselho Estadual da Mulher cuja diretoria foi democraticamente indicada pelo Fórum e aceita pelo Governo de Goiás. Decisões tais como a definição das prioridades do Conselho, como a luta pela criação de uma casa abrigo para mulheres em situação de violência, são discussões levadas a cabo pelo Fórum Goiano de Mulheres, Centros de Referencias na questão da Saúde das Mulheres, Centro de Referência ao atendimento de Mulheres Vítimas de Violência. A Realização da Conferência Municipal de Saúde, Conferência Combate ao Racismo, Conferência Municipal da Mulher em parceria com a Assessoria da Mulher, Conferência Estadual da Mulher em parceria com a Superintendência da Mulher e o CONEM. E a participação na Conferência da Mulher da Secretaria Especial de Políticas para as mulheres - SPM, Conferência de Promoção da Igualdade Racial – Superintendência de Promoção da Igualdade Racial - SUPIR e Secretaria de promoção da Igualdade Racial - SEPPIR. Organização das mulheres na Base e no interior do Estado. Realização de Conferências, palestras, encontros, seminários, debates, oficinas, Colóquios e participação em eventos. Hoje busca uma aproximação com prioridades definidas em relação às mulheres negras e quilombolas do Estado.


Ainda participou e articulou o Fórum Goiano pelo Fim da Exploração e Violência Sexual de crianças e adolescentes, o qual tem como objetivo buscar uma articulação permanente das organizações governamentais, não-governamentais, da justiça, da imprensa, da sociedade civil. Em geral para o desenvolvimento de ações de combate a exploração e violência sexual; de capacitação de profissionais para atendimento dos abusadores e vítimas. Constitui uma rede de solidariedade que contraponha a rede de exploração e violência sexual contra mulheres, crianças e adolescentes.


Goiânia/GO, Março de 2006

Marta Cezaria de Oliveira - ONG Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado buscou fazer uma memória da caminhada das mulheres negras lembrando todo o processo de criação da Grupo de Mulheres Negras Malunga e do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado. Hoje duas ONGs que caminham com pautas diferenciadas, mas sempre como o objetivo de resgate da auto-estima, Saúde da população negra, Combate a violência contra as mulheres e combate ao racismo e discriminação em todas as suas vertentes. A luta pelos direitos Sociais e humanos. São tantas informações que não dá para falar tudo.

A Aldevina Maria dos Santos - Grupo Oficina Mulher e da AMB faz uma geral sobre o movimento feminista e fala da importância das conquistas ontem e hoje. Mas também dos desafios e do retrocesso político destas conquistas. Mas podem demorar alcançar nosso objetivo. Mas jamais fugiremos da luta.

Lembrou várias feministas de ontem e de hoje. Falou da importância da Grupo Oficina Mulher na construção feminismo e de políticas públicas junto com as demais companheiras feministas de Estado de Goiás. Foi uma fala muito boa trazendo várias mulheres que falam sobre a luta feminista no mundo. foi um apanhado geral sobre o feminismo.

Marta Cezaria fez memória da caminhada das mulheres negras e a luta feministas negra. Lembrou do Encontro de Mulheres Negras em 1988; do Encontro Latino Americano e caribenho em Costa Rica em 1996 onde vários estados brasileiros estiveram representados com suas mulheres negras de articulações e ONGs de Mulheres Negras. Ainda lembrou que a Articulação de Mulheres Brasileiras hoje faz uma articulação com mulheres negras, indígenas nas diversas regiões do país. Mas também lembramos que estas mulheres tem muita dificuldade para participar e articular seus grupos pela questão econômica e formação escolar, tecnológica destas mulheres.
 Auriculoterapia e convivência- Enquanto a roda de conversa ia acontecendo as mulheres presentes tiveram este mimo. foi muito bom e relaxante. Parabéns a companheira que nos deu este presente.

Muita concentração no que faz.

Aldevina Maria contribui bastante com sua retrospectiva da nossa caminhada.

É muito ouvir a Aldevina fazendo memória do movimento feminista.

As mulheres Indígenas trouxe na voz da Patricia Kamayurá o que é ser uma mulher indígena. As dificuldades para participar destas discussões feministas e de se conseguir organizar nas suas aldeias. Pois são culturas muito diferentes de um povo para outro. As informações não chegam para as mulheres. Poucas tem oportunidade de participação.

Patricia Kamayurá - Falou que as meninas na Aldeia casam muito cedo. tem filhos. Estudar é muito difícil. Agradece muito hoje a abertura da universidades abrir vagas para os Povos Indígenas. Mas também alertou que quando elas vem conhece esse mundo aqui da cidade muita coisa muda no meio delas.

Patricia Kamayurá - Falou de suas experiencias enquanto mulher indígena que hoje teve a oportunidade de estudar. Da líder Indígena que em sua aldeia é Pajé feminina. essas coisas na cultura é muito difícil. Pois sempre temos pajé do sexo masculino e o patriarcado é muito forte. O machismo também.

Lembrou que algumas aldeias ainda se encontra isoladas e que as mulheres ainda não participam destes movimentos. a língua dificulta muito. As mulheres quando não conhece elas acham que tudo esta certo. Mesmo não gostando de certas atitudes que elas vivenciam.

O testemunho da Rosa kambeda  fui muito emocionante onde ela traz a realidade da mulher objeto quando não que casar com quem foi prometida. E que passa ser objeto de desejo por todos da tribo e perde sua família. Muitas não aceitam e saem da Aldeia e vem para a cidade. Daí perdem suas referências familiares.

Foi lindo ouvir a fala das companheiras.

Muita sabedoria no que falaram.

Patricia Kamayurá tem duas crianças mamando no peito com idades diferentes. Por isso onde ela vai o marido precisa estar presente para ajudar com as crianças que ainda precisam do peito parar alimentar.

Jucilene Barros da Federação de Mulheres de Goiás, é uma mulher indígena que também vive na cidade. Falou de sua experiência, da luta para que as mulheres indígenas tem sua cidadania plena enquanto mulher. Lembrou dos vários suicídios nas aldeias . É lamentável que nos dias atuais perdemos mulheres para o suicídio, para as drogas, para a bebida e muito mais por falta de informação e as condições vividas nas aldeias.

Falou da alegria de poder estar com várias representantes hoje participando deste debate e trazendo suas realidades.

Rosa Kambeda disse sou uma dessas mulheres que resisti e vim para a cidade para continuar tendo dignidade e respeito.

Falar das nossas lutas e dores pouca gente conhece.


Por isso é importante a construção coletiva onde uma ajuda a outra a encontrar saídas para as várias vertentes da violência sofridas pelas mulheres em todos os campos e classes.
A construção de políticas públicas contribui muito com estas organizações para disseminar informações e apoios as mulheres que necessitam de diálogos para seu crescimento pessoal, politico e cultural.

Vimos que nosso crescimento se dá nestes momentos de encontros e trocas feministas.


Práticas: Aqui fizemos a leitura de textos sobre falas de mulheres de varias etnias e agremiações. Uma leitura politica sobre a vida da sociedade e o que pensamos sobre tudo isso. Momento rico de formação e informação.

Muitos debates e explicações. Partilhas. Escutas.

Kelly Gonçalves procurou registrar tudo.
É muito rico ver a contribuição dada por cada participante neste lindo dia de encontro. 

 Diálogo - Sistema político brasileiro: desafios para a democratização do poder e a participação popular e das mulheres


Muitas falas riquíssimas.

Saberes que o tempo não consegue registrar num momento desse. Precisava gravar para as novas gerações.

Crianças que vem construindo o saber popular nestas participações juntos com suas mãe e amigas, ouvindo e partilhando a vida.


Aqui fizemos uma leitura coletiva sobre vários temas sobre a Plataforma dos movimentos sociais pela renovação da luta política.: Patriarcado; justiça; democracia; igualdade; liberdade; personalismo; homofobia /LGBTTfobia; nepotismo; controle social;; racismo; corrupção; participação; clientelismo e diversidade. 
A cada leitura uma parada para debater um pouco sobre a leitura. 

Fizemos um lindo debate com tudo que ouvimos estamos vivenciando hoje com os desmontes das políticas publicas construídas pelos movimentos sociais e feministas.

Após muitos debates fomos para o almoço e um momento de partilhas individuais e convivência com muitos diálogos e escutas.

A coordenação nos chamou para retornar nossos trabalhos. Patricia falou da Marcha das Margaridas onde as mulheres indígenas e quilombolas se juntaram para participarem da marcha. Pediu a nossa contribuição e participação.

Debate em Grupos
1.           Como ampliar a participação política das mulheres?
2.           Como avançar na conquista de poder político para as mulheres, considerando as tentativas, conquistas e retrocessos do último período?

Dividimos em cinco grupos e cada um foi ler os textos e fazer uma síntese respondendo as perguntas. Foram horas de discussão e muita partilha.

Vimos também quais as causas das mulheres serem minoritárias na participação politica se somos a maioria do universo....Como ampliar a participação política das mulheres?

Como avançar na conquista de poder político para as mulheres considerando as expectativas, conquistas e processos dos últimos períodos?

Os grupos refletiram muito e depois voltamos para a plenária com uma síntese de cada grupo apresentadas pelas relatoras dos grupos.

Muita luz e esperança, mesmo diante de todos os desafios da caminhada.

No fim quem pode ficar até a final registramos nossa presença nesta foto. 
A luta continua...