quinta-feira, 10 de setembro de 2015

03 de setembro de 2015 Oficina sobre igualdade racial na Escola Municipal Barbara de Souza Morais

Relatório das ações do projeto na oficina de capacitação de gestores públicos e agentes sociais.

Data: 03/09/2015
Local: Escola Municipal Barbara de Souza Morais
Endereço:  Av. Uruguaiana, nº 42, Jardim Novo Mundo,  Goiânia - GO
Nº de Participante: 65 pessoas
A operacionalização da oficina, aconteceu na ONG Dandara, com a organização das pastas, fichas, dos recursos materiais (cartolinas, canetinhas, folha branca, cola, tesoura); banners e recursos áudio-visual (notebook, data-show e caixa de som). Houve o preparo do lanche sendo este acondicionado em recipientes próprios para armazenamento e transporte. Todas as responsáveis e responsáveis se encontraram e foram juntas (os) a instituição de ensino.    

A ornamentação do espaço


Foi realizada oficina em prol da promoção da equidade racial, no dia 03 de setembro de 2015 das 18h ás 22 h na Instituição de Ensino Escola Municipal Barbara de Souza Morais, com 65 discentes da Educação de Jovens e Adultos. Ministraram a oficina representando a ONG Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado a Fábia Cristiani Marçal Albino (pedagoga); a SUPPIR Arilene Martins (Educadora); Marcos Dantas de Souza (psicólogo), Ariana Letícia Oliveira Tozzatti (Fotografa), Equipe de capacitação. 
O Grupo Dandara, organiza o espaço para acolher os alunos e servidores da escola com muita beleza, com tecidos, banner, exposição de livros e os materiais. Fábia Cristiani acolhendo os participantes e fazendo a inscrição na oficina, bem como entregando o kit educativo.

É muito importante ver a participação das pessoas neste processo de aprendizagem.


Espaços acolhedores!!!!

Juventude participativa!!!!

As fichas foram preenchidas individualmente e com o auxílio, quando necessário, das representantes da ONG Dandara.

Gente que acredita na luta em prol da igualdade racial.


O Diretor da Escola, antes de Iniciar a oficina da às boas vindas à equipe e diz da importância desse trabalho nas escolas em seguida a equipe se apresenta do Grupo da Dandara no Cerrado e da SUPPIR GYN se apresentam e apresenta a proposta da Oficina. 
Grupo muito grande, mas com capacidade de ouvir.
A Equipe sabe contribuir e abraçar estas oficinas com todos os desafios.
O segundo momento houve a apresentação da ONG e a explicação de a importância em preencher a “Ficha de Inscrição” e a “Lista de Chamada”; A Equipe explica o objetivo da oficina de forma bem simples e sucinta

A fala da direção da escola e muito importante para a equipe de capacitação e as ações da oficina. Sinal de compromisso com a luta em prol da igualdade racial. 

Arilene Martins da Equipe da SUPIRGYN fala da importância deste trabalho que vem sendo desenvolvido e agradece as direções das escolas que abriram as portas para esta discussão.

Em seguida, Marcos Dantas um dos facilitadores da oficina, faz uma reflexão sobre o corpo e  provoca o grupo, perguntando qual é o modelo de beleza que temos no Brasil? Branco, alto loiro e olhos verdes, esse modelo, é um modelo dos país europeu, na realidade nosso povo ao é assim. A idéia de trazer os americanos para o Brasil foi com a proposta de embranquecimento da raça, é uma forma de racismo, tendo a pele menos escura seria mais aceito, menos feio, porque os negros eram tido como pessoas que tinha pouca inteligência.
Todos estão atentos as falas...


A oficina se deu em 5 momentos, no primeiro houve apresentação do cronograma da oficina e das oficineiras (os) isso e muito bom no inicio dos trabalhos na oficina 

A oficina tem sido de grande riqueza na comunidade escolar
A dinâmica de socialização com as (os) discentes onde através da percepção das características fenotípicas do próprio corpo houve a intersecção com a necessidade em reconhecer e respeitar as diferenças; o quarto ocorreu de forma expositiva e dialogada onde contextualizou-se a dimensão político-cultural da Diáspora Africana no Brasil, as iniquidades raciais, o racismo e o racismo institucionalizado nas práticas e concepções no cotidiano da sociedade brasileira. 


Exibição de um filme - “Diz  Ai”.











A idéia é provocar para percebermos que temos e viemos de uma lugar, com uma historia e cultura que é a base desse país, porém de uma historia de muito sofrimento e luta contra o racismo. Nossos ancestrais eram negros e precisamos  identificar nosso lugar no mundo

Momento aberto para questionamentos e o material educativo foi entregue na chegada 



Muita participação e alegria com a realização deste trabalho na instituição. Houve falas produtivas, mas também falas que aparecem discriminações contra gays, lesbiscas, negros e outros.
Uma aluna após o filme, diz que “este país respira a cultura negra tudo aqui tem influencia da cultura negra”. 


Tirada a fotografia com todas (os) as (os) discentes e realizada a avaliação com uma amostra de discentes. 




A educadora Arilene, representante da secretaria de DH- Superintendência da Igualdade racial amplia o debate, dizendo que a forma como a sociedade trata a pessoa negra, é a grande responsável pela baixa estima dos negros e negras desse país. Cultivar a cultura do povo negro é fortalecer nossa identidade, hoje temos poucos espaços de cultivo dessa cultura as escolas que é um lugar de construção da ideologia da juventude, não tem feito esse papel porque a nossa educação ainda é uma educação burguesa. 
 A essência do negro é de ser livre e isso vemos no seu corpo como um todo, quando vemos os movimento da capoeira, ou uma negra ou negro dançando são movimentos livres grandes, é essa concepção de liberdade também passa pela concepção de educação para sermos livre, porém o sistema capitalista burguês. Até hoje não nós quer livre, por isso vivemos em um pais racista, e com tanta intolerância, contra os negros, contra as religiões de matriz africana, contra os homossexuais e os pobres.

A oficina contou com a participação das (os) discentes, onde foi possível perceber a deficiência no processo de ensino-aprendizagem, onde muitas (os) demonstraram dificuldade de preencher a ficha/lista e de compreender o “quesito cor/raça” enquanto identidade individual/coletiva. 


Nota-se a importância em dar continuidade a atividades que transcendam o essencialismo científico eurocêntrico e o racismo institucionalizado, permitindo que a história seja contada por sua/seu protagonista, corroborando com um olhar real com significado, o que permitirá a comunidade escolar transitar pelo contexto social, histórico e cultural diaspórico Africano e Afro-brasileiro, como forma de potencializar nossa negra identidade; sendo a oficina uma das estratégias de promoção da equidade racial e igualdade de direitos, ao arcabouço histórico, patrimonial material/imaterial, cultural e artístico oriundo da negra ancestralidade










A equipe servido o lanche e as pessoas vão comendo e depois vai para casa.