quinta-feira, 19 de abril de 2018



PROJETO: INVESTIGA MENINA!

 ÁREA DO PROJETO: EDUCAÇÃO E EQUIDADE DE GÊNERO
·     -  Capacitação e formação

Introdução:
Vivemos atualmente sob a égide da sociedade tecnológica. Por sua vez, tecnologia é fruto de produção do conhecimento científico e, deste modo, é preciso ensinar ciências a todos os indivíduos para que estes possam participar ativamente do mundo em que vivem. Segundo Bordieu e Passeron “o currículo da escola está baseado na cultura dominante: ele se expressa na linguagem dominante, ele é transmitido através do código cultural dominante” (In SILVA, 1999, p.35). De igual modo, se utilizarmos qualquer ferramenta de busca em internet com as palavras “cientista” e “ciências” as imagens mais frequentes caracterizam o sujeito universal: o homem branco em seu laboratório. Em consenso com o raciocínio anterior, a maior agência de fomento à pesquisa no Brasil: o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que é uma instituição ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e se destina a promover e estimular o desenvolvimento da ciência, criado em 1951, lança em 2012 a 1ª edição do painel “Pioneiras da ciência”, baseado em trabalho de Melo e Rodrigues (2006). Foram 61 anos de silenciamento sobre a incidência das mulheres na criação de recursos tecnológicos e na pesquisa científica de alta performance, no País e no exterior.
Em vista dessas referencias, buscamos no Projeto “INVESTIGA MENINA! ” Promover ações coletivas para o benefício da comunidade escolar, com vistas a proporcionar experiências e informações sobre a contribuição das mulheres para a criação de recursos científicos e tecnológicos. Neste escopo, este projeto advoga pela melhoria da visão crítica e da formação das professoras/es, alunas e alunos, direção, corpo pedagógico e responsáveis legais (pais, mães, avós, avôs dentre outros).
Na estrutura organizacional definida para desenvolvimento do plano de ações e metas do Projeto contamos com um Colegiado de Gestão Partilhada composta por membros da direção da escola, professoras e membros de nossas ONGs. A metodologia participativa utilizada vem sendo utilizada em outros projetos exitosos citados aqui. Esta se desenvolve de forma multidisciplinar e integra diverso saberes e linguagens. Neste escopo, iremos elaborar uma página na rede social vinculada as páginas das Universidades envolvidas no projeto com o objetivo de disseminar as trajetórias de mulheres cientistas e que tenha participação direta das estudantes do ensino médio, por meio de pesquisa bibliográfica e entrevistas semiestruturadas, que são parte basilares de todo e qualquer projeto de pesquisa, ou seja, uma prática da investigação científica.
Para isso teremos:
·         Reuniões periódicas do colegiado de gestão partilhada
·         Desenvolvimento das ferramentas das tecnologias
·         Desenvolvimento dos OVAs
·         Elaboração do Layout das Unidades de Aprendizado
·         Vivências interculturais em produção de ciências
Resultados:
·         Integração entre as discussões sexistas e a produção de ciências.
·          Instituição de espaço de formação de mulheres para as ciências na região do país, Centro- Oeste.
·          Estabelecimento de parceria colaborativa entre IES as Instituições produtoras de conhecimento científico e diferentes vertentes feministas.
·         Criar articulação entre discurso e prática de mulheres na ciência.
·         Ultrapassar o limite da historiografia empobrecida que é relegada as mulheres na produção do conhecimento em ciência e tecnologia.
·         Criar e utilizar metodologia participativa nas atividades desenvolvidas pelo projeto, visando à democratização do saber e propiciando empoderamento das mulheres em ciências;
·         Produção de uma Unidade de Aprendizagem.
·         Elaboração e divulgação de 12 OVAs.
·         40 horas de rodas de conversas

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