A equipe de recepção
acolhendo os participantes
Dia: 23/09/2015
Local: Secretaria Municipal do Meio
Ambiente
Horário: 08h às 12h
Endereço: Rua 75,
Centro, Goiânia-GO
Nº de participantes: 34
pessoas
Foi
realizada oficina em prol da promoção da equidade racial, no dia 23 de setembro
de 2015 das 08h ás 12h na Secretaria Municipal do Meio Ambiente, com 34
discentes das secretarias municipais com a presença de Jovens e Adultos.
Ministraram a oficina representando a ONG Mulheres Negras Dandara no Cerrado a
Fábia Cristiani Marçal Albino (pedagoga), Mariana Cunha Pereira (Socióloga e
antropóloga), Marta Cezaria de Oliveira (Bióloga), Liliam Moreira Maia (Assistente
Social), Elizabeth Furtado (pedagoga); a SUPPIR Dilmo Luiz Vieira (filosofo); Equipe
de Capacitação Ariana Letícia Oliveira Tozzatti (Fotografa).
A oficina se deu em 5 momentos, no primeiro
houve apresentação do cronograma da oficina e das oficineiras (os); o segundo
houve a apresentação da ONG e a explicação de como e da importância em
preencher a “Ficha de Inscrição” e a
“Lista de Chamada”; o terceiro foi realizada dinâmica de socialização com as
(os) discentes onde através da percepção das características fenotípicas do
próprio corpo houve a intersecção com a necessidade em reconhecer e respeitar
as diferenças; o quarto ocorreu de forma expositiva e dialogada onde contextualizou-se
a dimensão político-cultural da Diáspora Africana no Brasil, as iniquidades
raciais, o racismo e o racismo institucionalizado nas práticas e concepções no
cotidiano da sociedade brasileira; o quinto foi aberto para questionamentos e
para findar foi entregue o material educativo, servido o lanche, tirada a
fotografia com todas (os) as (os) discentes e realizada a avaliação com uma
amostra de discentes. As fichas foram preenchidas individualmente e com o
auxílio, quando necessário, das representantes da ONG Dandara.
Introdução
No Brasil, os negros sofrem não só a discriminação racial devida ao
preconceito racial e operada no plano privado, mas também e sobretudo o racismo
institucional, que inspira as políticas estatais que lhes são dirigidas e se
materializa nelas
Racismo institucional “é qualquer sistema de desigualdade que se baseia em raça que pode ocorrer em instituições como órgãos públicos
governamentais, corporações empresariais privadas e universidades (públicas e
privadas).[1] O termo foi introduzido pelos ativistas Stokely Carmichael e
Charles V. Hamilton do movimento Black Power no final de 1960.[2] A definição dada por William Macpherson em seu relatório
sobre o assassinato de Stephen Lawrence[3] é "o fracasso coletivo de uma organização em fornecer
uma serviço adequado e profissional às pessoas por causa de sua cor, cultura ou
origem étnica".[4] A força do racismo institucional está em capturar as maneiras
pelas quais sociedades inteiras, ou seções delas, são afetadas pelo racismo, ou
talvez por legados racistas, muito tempo depois dos indivíduos racistas terem
desaparecido.[5]”
“Ao contrário do racismo individual, que se aproxima do preconceito,
quando alguém se acha superior ao outro por conta de sua raça, o racismo
institucional é desencadeado quando as estruturas e instituições, públicas e/ou
privadas de um país, atuam de forma diferenciada em relação a determinados
grupos em função de suas características físicas ou culturais. Ou então quando
o resultado de suas ações – como as políticas públicas, no caso do Poder
Executivo – é absorvido de forma diferenciada por esses grupos. É, portanto, o
racismo que sai do plano privado e emana para o público”.
O
Dilmo Luiz fez um linda dinâmica de apresentação com o canto: Meu Quilombo ta
lindo como que....o grupo vai cantando e a roda vai
acotecendo.
Foi uma grande partilha de vida com sorrisos abraços e muitas palmas.
“Em 18 de abril de 2005 o governo brasileiro lançou o Programa
de Combate ao Racismo Institucional no Brasil através de uma parceria uma
parceria estabelecida entre o Ministério Britânico para o Desenvolvimento
Internacional e Redução da Pobreza (DFID), o Ministério da Saúde (MS), a Secretaria
Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), o Ministério
Público Federal (MPF), a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e o Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).[6] O programa definiu o
racismo institucional:[7]”.
“o fracasso das instituições e organizações em prover um serviço
profissional e adequado às pessoas em virtude de sua cor, cultura, origem
racial ou étnica. Ele se manifesta em normas, práticas e comportamentos
discriminatórios adotados no cotidiano do trabalho, os quais são resultantes do
preconceito racial, uma atitude que combina estereótipos racistas, falta de
atenção e ignorância. Em qualquer caso, o racismo institucional discriminados
em situação de desvantagem no acesso a benefícios gerados pelo Estado e por
demais instituições e organizações. (CRI, 2006, p.22)[8]”
Fala
da Superintendente Municipal de Promoção da Igualdade racial Watussi Virginia
Santiago sobre o projeto que esta sendo desenvolvido pela SUPPIRGYN em prol da
capacitação de gestores públicos e agentes sociais na Prefeitura de Goiânia.
Reflexão
sobre nossa identidade cor/raça/etnia/geração - Muito legal o público todo era
todos Afrodescendentes isso ajuda na luta em prol da igualdade, mas é preciso
que negros e brancos entram nesta luta juntos.
“O
Racismo Institucional é a incapacidade das instituições e organizações em
prestarem serviços adequados e garantirem o atendimento pleno às pessoas em
decorrência da sua origem étnica, cor ou cultura. Essa incapacidade em servir
plenamente manifesta-se através de normas obsoletas, práticas e comportamentos
discriminatórios ocorridos no especo de trabalho, resultantes da ignorância, da
falta de atenção, do preconceito ou de estereótipos racistas”.
O
PCRI, Programa de Combate ao Racismo
Institucional, visa capacitar gestores
públicos para a promoção da igualdade racial e a formação de banco de dados com
recorte racial nos diversos setores da administração pública municipal.
“O
PCRI foi estabelecido por uma parceria entre o Ministério da Saúde (MS), o
Ministério Público Federal (MPF), a Secretaria Especial de Políticas de
Promoção da igualdade Racial (SEPPIR), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e o Ministério do Governo
Britânico para o Desenvolvimento Internacional (DFID), sob a supervisão da
Agência Brasileira de Cooperação (ABC)”.
A oficina contou com a participação das (os)
discentes, onde foi possível perceber a deficiência no processo de
ensino-aprendizagem, onde muitas (os) demonstraram dificuldade de preencher a
ficha/lista e de compreender o “quesito cor/raça” enquanto identidade
individual/coletiva. Poucos gestores públicos (as) estiveram presentes, não
houve acompanhamento de representantes da equipe diretiva.
“O
Brasil é o maior país em território e população da América Latina, contamos
hoje com mais de 180 milhões de habitantes. Embora cerca de 50% da população
brasileira seja composta por negros (pretos ou pardos), a sua formação e
herança do período escravocrata fazem com que o racismo e a discriminação
racial estejam profundamente enraizados na cultura e nas dinâmicas sociais do
país”.
“Para
que este combate seja efetivo e faça do Brasil um exemplo para a América
Latina, é preciso que o Estado e seus servidores (as) reconheçam o racismo, a
discriminação e as intolerâncias como determinantes da precarização das
condições de vida”.
Parada
para o Lanche
É preciso que identifiquem os grupos
que ao longo da história têm experimentado desvantagens no acesso aos
benefícios das ações governamentais para, então, formular e executar políticas
capazes de eliminar as injustiças, superando os efeitos perversos do racismo.
Leitura dialogada do texto da Cartilha sobre
o Racismo institucional e foi repassada a foto da Juíza Luzlinda Dias de Valois
para iluminar o debate. Debate sobre a Promoção da igualdade Racial
Nota-se a importância em dar continuidade a atividades que transcendam o essencialismo científico eurocêntrico e o racismo institucionalizado, permitindo que a história seja contada por sua/seu protagonista, corroborando com um olhar real com significado, o que permitirá a comunidade escolar transitar pelo contexto social, histórico e cultural diaspórico Africano e Afro-brasileiro, como forma de potencializar nossa negra identidade; sendo a oficina uma das estratégias de promoção da equidade racial e igualdade de direitos, ao arcabouço histórico, patrimonial material/imaterial, cultural e artístico oriundo da negra ancestralidade.
Avaliação:
fazer estas oficinas nas secretarias; a juventude fechou as portas para estar
aqui hoje; opção Política das secretarias...
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