terça-feira, 20 de novembro de 2018

09/11/2018 Investiga Menina! Colégio Estadual Solon Amaral


VI Vivência Intercultural com o Investiga Menina!

O Diretor do Colégio Ludwaler faz a abertura do evento e convida as palestrantes para a mesa dando as boas vidas a todas e todos presentes no evento.


Aconteceu a VI Vivência Intercultural na no Colégio Estadual Solon Amaral no dia 09 de novembro de 2018, das 9h às 11h30 encerrando assim as atividades do projeto neste ano.

 Evento com as Cientistas Negras Doutoras em Química Bárbara Carine Soares Pinheiro e Nyuara  Araújo da Silva Mesquita.

Uma manhã de muita partilha e aprendizado. Uma turma muito bacana que sabe ouvir e dialogar.


Momento de muita interação. Jovens e adolescentes muito especial para os dias de hoje. Ficaram atentos a tudo que acontecia nesta manhã. A Escola esta de parabéns com as/os alunas/os, professoras/es e todo o corpo de funcionários da escola.

É muita gratidão trabalhar com uma Equipe como esta turma do Investiga Menina.


Assistimos um filme para a introdução do Mês da Consciência Negra

Falar no dia de hoje sobre Consciência negra é muito legal, especialmente para uma turma que durante todo o ano experimentou um pouco deste processo da construção coletiva do que é ser negro nesta sociedade e descobriu a partir de cada experiencia vivenciada que é lindo conhecer e entender a nossa história. 

Pois só assim temos força para seguir caminhando com passos seguros e gostando de sermos o que somos. Gente de um povo que a cor não deixou se abalar e construir tudo que construímos e continuamos a construir para mostrar que somos força, garra, gente como qualquer outro ser humano. o que nos diferencia é cor da pele ou os cabelos, mas no quesito QI somos todos iguais com diferenças nas condições sócio econômicas e culturais. Menas oportunidades de que muitos outras pessoas, mas nada nos impedem de buscar nossos objetivos e sermos respeitados/as.


Marta Cezaria de Oliveira: Possui graduação em Biologia pela Universidade Católica de Goiás (1998). É Conselheira no Conselho Estadual de Assistência Social em Goiás, Associada Fundadora do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado. Consultora e pesquisadora na área dos afrodescendentes. Tem experiência em controle social das políticas públicas, meio ambiente, educação étnicos raciais, de gênero e na luta pelos direitos humanos das mulheres preservando a memória oral como resistência. Hoje Cineasta Negra onde  ...realiza mais que um filme documentário, produz que um manifesto, um instrumento político ideológico conduz a uma poética orientada pelo objetivo principal do movimento de mulheres negras que é de produzir estados de consciência de gênero e raça e empoderamento, considerando a um só tempo o coletivo, a subjetividade, e suas relações políticas”.....

Bárbara Carine Pinheiro da Anunciação 

Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente é professora Adjunto I na Universidade Federal da Bahia. Atua no PIBID/QUÍMICA/UFBA como coordenadora de área. Tem mestrado em Ensino de Química pelo programa de pós-graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da UFBA/UEFS. Também é doutora pelo mesmo programa de pós graduação. Hoje é membro titular do Conselho Acadêmico de Ensino (CAE) da UFBA, titular do Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão da UFBA (CONSEPE), suplente no Conselho de Curadores da UFBA, membro do corpo permanente de docentes do Programa de pós-graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da UFBA/UEFS. Atua como coordenadora do Grupo de Pesquisa em Diversidade e Criticidade nas Ciências Naturais (DICCINA), desenvolvendo pesquisas nas linhas de pesquisa: Formação de professores e professoras na perspectiva crítico-dialética; Diversidade no Ensino de Ciências.

Barbara trouxe sua trajetória de mulher negra pobre que passa a maior parte da sua infância com as mesmas dificuldades que muitos aqui tem.  Mas conseguiu dar a volta e alcançar seus objetivos a partir da educação que recebeu da família e nas oportunidades que sugiram na sua trajetória.


Mostrou que a estrada é desafiadora, mas que não podemos entregar os pontos. E sim continuar a caminhada em meio a todos os desafios, pois o racismos ele tenta nos impedir de crescer, mas nossa força de vontade tem que ser maior.

Mulher Negra Cientista também tem desafios na questão do racismo onde moramos, onde transitamos. Ele é um processo que a gente vai descobrindo nas ações do dia a dia.


Eu pensava que quando já tivesse alcançado meus estudos isto iria mudar. Porque agora posso morar num apartamento em de de morar no bairro ou na favela. Mas essa história do racismo ela caminha conosco com dinheiro ou sem dinheiro. com estudo ou sem estudo. É um processo que todos os dias temos que combater esse mal que é o racismo nas nossas vidas. 
Por isso vocês que estão tendo essa oportunidade de ouvir e serem orientados aqui já tem meio caminho andado. Eu só fui descobrir quando fiz um concurso e tive condições de ir morar num apartamento onde os brancos estão foi que descobri o que era ser negra e mulher. 

Vocês tiveram oportunidade de conhecer varias cientistas negras. Esta oportunidade eu não tive. Tive que ir pelo rumo e descobrir o caminho.

Hoje nós falamos das/os nossos acentrais. No meu tempo a escola só nos punis. Agora vocês tem a chance de saber que são nossas referencias negras e isso é muito bom para nosso aprendizado.
Estou muito agradecida de estar com vocês falando de mim que eu fui e quem sou eu hoje.
Depois de ouvir tanta coisa boa é hora de perguntar.


Falar aqui foi maravilhoso poder partilhar com vocês minha vida, minha história e conhecer um pouco de vocês.

Neste dia temos muito a agradecer esta linda Equipe do Investiga Menina que nos prporciou este momento impar. Dia em que uma etapa do trabalho encerra com objetivo alcançado, mesmo com esta chuva, vocês estão aqui. Obrigada.

Que o os caminhos de vocês sejam brilhantes e que alcance seus objetivos.






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