sexta-feira, 13 de novembro de 2015

22 de outubro de 2015 Escola Municipal Percival Neto

Relatório das ações do projeto da oficina de capacitação de gestores públicos e agentes sociais.
Dia: 22/10/2015
Local: Escola Municipal Profº Percival X. Rebelo
Horário: 18h às 22h
Endereço: Rua B-16 nº 101, Bairro Novo Horizonte, Goiânia-GO
Nº de participantes: 30 pessoas



Registro do Evento:
Foi realizada oficina em prol da promoção da equidade racial, no dia 22 de outubro de 2015 das 18h ás 22h na Instituição de Ensino Escola Municipal Profº Percival X. Rebelo ás 30 discentes da Educação de Jovens e Adultos. Ministraram a oficina representando a ONG grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado Fábia Cristiani Marçal Albino (pedagoga); Equipe de Capacitação Marcos Dantas de Souza (psicólogo). 


A operacionalização da oficina, aconteceu na ONG Dandara, com a organização das pastas, fichas, dos recursos materiais (cartolinas, canetinhas, folha branca, cola, tesoura); banners e recursos áudio-visual (notebook, data-show e caixa de som). Houve o preparo do lanche sendo este acondicionado em recipientes próprios para armazenamento e transporte. Todas as responsáveis e responsáveis se encontraram e foram juntas (os) a instituição de ensino.    

No Brasil, os negros sofrem não só a discriminação racial devida ao preconceito racial e operada no plano privado, mas também e sobretudo o racismo institucional, que inspira as políticas estatais que lhes são dirigidas e se materializa nelas.

Ornamentação do ambiente para acolhida dos participantes.


Em 18 de abril de 2005 o governo brasileiro lançou o Programa de Combate ao Racismo Institucional no Brasil através de uma parceria uma parceria estabelecida entre o Ministério Britânico para o Desenvolvimento Internacional e Redução da Pobreza (DFID), o Ministério da Saúde (MS), a Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), o Ministério Público Federal (MPF), a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).[6] O programa definiu o racismo institucional:[7]

Racismo institucional é qualquer sistema de desigualdade que se baseia em raça que pode ocorrer em instituições como órgãos públicos governamentais, corporações empresariais privadas e universidades (públicas e privadas).[1] O termo foi introduzido pelos ativistas Stokely Carmichael e Charles V. Hamilton do movimento Black Power no final de 1960.[2] A definição dada por William Macpherson em seu relatório sobre o assassinato de Stephen Lawrence[3] é "o fracasso coletivo de uma organização em fornecer uma serviço adequado e profissional às pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica".[4] A força do racismo institucional está em capturar as maneiras pelas quais sociedades inteiras, ou seções delas, são afetadas pelo racismo, ou talvez por legados racistas, muito tempo depois dos indivíduos racistas terem desaparecido.[5]


Ao contrário do racismo individual, que se aproxima do preconceito, quando alguém se acha superior ao outro por conta de sua raça, o racismo institucional é desencadeado quando as estruturas e instituições, públicas e/ou privadas de um país, atuam de forma diferenciada em relação a determinados grupos em função de suas características físicas ou culturais. Ou então quando o resultado de suas ações – como as políticas públicas, no caso do Poder Executivo – é absorvido de forma diferenciada por esses grupos. É, portanto, o racismo que sai do plano privado e emana para o público. 

A oficina se deu em 5 momentos, no primeiro houve apresentação do cronograma da oficina e das oficineiras (os); o segundo momento houve a apresentação da ONG e a explicação de como e da importância em preencher a “Ficha de Inscrição”  e a “Lista de Chamada”;
O terceiro momento foi realizada dinâmica de socialização com as (os) discentes onde através da percepção das características fenotípicas do próprio corpo houve a intersecção com a necessidade em reconhecer e respeitar as diferenças; o quarto momento ocorreu de forma expositiva e dialogada onde contextualizou-se a dimensão político-cultural da Diáspora Africana no Brasil, as iniquidades raciais, o racismo e o racismo institucionalizado nas práticas e concepções no cotidiano da sociedade brasileira; 


O quinto momento foi aberto para questionamentos e para findar foi entregue o material educativo, servido o lanche, tirada a fotografia com todas (os) as (os) discentes e realizada a avaliação com uma amostra de discentes. As fichas foram preenchidas individualmente e com o auxílio, quando necessário, das representantes da ONG Dandara. 

Nota-se a importância em dar continuidade a atividades que transcendam o essencialismo científico eurocêntrico e o racismo institucionalizado, permitindo que a história seja contada por sua/seu protagonista, corroborando com um olhar real com significado, o que permitirá a comunidade escolar transitar pelo contexto social, histórico e cultural diaspórico Africano e Afro-brasileiro, como forma de potencializar nossa negra identidade; sendo a oficina uma das estratégias de promoção da equidade racial e igualdade de direitos, ao arcabouço histórico, patrimonial material/imaterial, cultural e artístico oriundo da negra ancestralidade.     
A oficina contou com a participação das (os) discentes, onde foi possível perceber a deficiência no processo de ensino-aprendizagem, onde muitas (os) demonstraram dificuldade de preencher a ficha/lista e de compreender o “quesito cor/raça” enquanto identidade individual/coletiva. Poucos educadores (as) estiveram presentes, não houve acompanhamento de representantes da equipe diretiva.  


Lista de recursos didáticos
·         Data show, computador e caixa de som;
·         Pincéis atômicos de cores variadas;
·         Papel sulfite o cartolina.

·         Livros didáticos, cartilhas e outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário