Feijoada e samba celebram
o Dia Nacional da Consciência Negra agitando o Setor Universitário
A ONG Dandara no Cerrado promove a 13ª edição
do almoço com roda de samba
A feijoada
da sustentabilidade celebra o Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro
de 2012 em Goiânia). O almoço busca angariar fundos para a ONG Dandara no
Cerrado que luta pelos direitos das mulheres negras. O evento ocorre hoje, dia 17 de
novembro, a partir das 12h, na Casa da Juventude, localizada na 11ª Avenida nº
953, no Setor Leste Universitário, ao som da roda de samba de grupos convidados.
Um
dos objetivos do almoço é resgatar a cultura afro, reunir a comunidade goiana
para conhecer o movimento de mulheres negras e apoiar a causa. Segundo uma das
fundadoras da organização, Marta Cezaria, “A feijoada tem o intuito de
compartilhar e convidar a comunidade a conhecer a luta da ONG, além de prover
renda para manter o projeto vivo.”
História da Dandara
A
ONG tem sede fixa em Goiânia, no Jardim América e existe desde 2002, com a
proposta de buscar melhorias de emprego e renda das mulheres, em especial, às
mulheres negras. A organização não governamental atua em três eixos: formação,
articulação política e capacitação com produção e divulgação de conhecimentos.
Para obter êxito em seus objetivos sociais, o grupo promove, colabora, coordena
e executa ações e projetos.
A missão da Dandara é contribuir para a construção
de uma sociedade justa, plural, anti-racista e sexista, solidária, reafirmando
o direito à cidadania, partindo de uma perspectiva feminista, no contexto das
ações educativas, gênero, raça, saúde, direitos humanos, combate à violência
contra as mulheres e luta por moradia digna.
A
realidade da mulher negra
Um estudo feito pelo Departamento
Intersindical de Estudos Econômicos, Sociais e Estatísticos (Dieese) em Recife, Salvador, São Paulo, Distrito Federal, Belo
Horizonte, Porto Alegre aponta que
as mulheres brasileiras negras sofrem grande desvantagem no mercado de
trabalho, em comparação as não-negras ou aos homens.
Nas capitais pesquisadas, a variação entre os
afrodescedentes gira em torno de 10% de diferença entre mulheres negras e
homens não-negros. Sendo que em uma das cidades, Porto Alegre, homens
não-negros desempregados gira em torno de 11,9%,
já entre as mulheres negras esse percentual sobe para 25,7%, uma diferença de
quase 13%.
A ONG luta por equiparar a participação das
mulheres dentro desse cenário, e também resgatar a auto-estima do povo negro,
para agregar valor a essa participação, a Dandara
atua em três eixos: a formação e capacitação
profissional, a articulação política junto aos demais movimentos e os
representantes políticos e a disseminar o conhecimento visando a produção e
divulgação dos ideais, assim para a busca de uma sociedade mais participativa.
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