quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

06 a 09/12/2018 Encontro Nacional de Mulheres Negras # 30 Anos parte 2

Encontro Nacional de Mulheres Negras 30 anos: Contra o Racismo e a Violência e Pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Mundo
Um registro lindo feito por Ana Clara Gomes, registra muito bem a presença do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado tendo bem marcante nesta foto as Companheiras Giezele, Zenit Vaz, Marta Cezaria, Pureza Lopes e Rita de Cassia, mulheres que doaram muito na organização no Estado.

O Sorriso da Rita de Cassia Araujo e a animação da Maria Neves Jardim representante da ONG Dandara no Cerrado na Coordenação do Encontro, ..., Alessandra, e Rosana Cristina

A Hilda Maria Alvarenga também  dando sua contribuição Voluntária no Encontro.

Mesa de abertura com a Presença da Conceição Evaristo e a Fala da Deputada Benedita da Silva. Muita riqueza nas falas de cada participante.

Vivência no Quilombo no último dia do Encontro com Zenit Vaz, Maria, Rita de Cassia, Pureza Lopes Matos, Anadir Cezario, Alessandra,Gizele e Ana Maria.

Um pouco da Fala da Conceição Evaristo.

Um relato do Encontro feito por -  Créditos: Mayara Varalho
A escritora e ensaísta Conceição Evaristo proporcionou um momento de intensa emoção na solenidade de abertura do Encontro Nacional de Mulheres Negras 30 anos: Contra o Racismo e a Violência e Pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Mundo. Evaristo leu trecho de um texto que escreveu, por solicitação do suplemento Ilustríssima, da Folha de São Paulo, discorrendo algo que lhe trouxesse a memória de uma situação ou alguma pessoa marcante em sua vida, em sua juventude. E contou: Angela Davis, lições para uma vida inteira.
É de longa data a experimentação e a confirmação de que ‘black is power, ‘is beautiful’ em minha cabeça e mente. Desde a minha juventude, ainda nos anos 70, na época, fui ganhando coragem e certeza para enfrentar os deboches dos estranhos, e a censura das pessoas mais próximas, ao me livrar do sacrifício de alisamento de meus cabelos. As meninas e jovens negras como eu, em tempos passados, não dispunham de qualquer indústria e de cuidados específicos para as nossas peles e cabelos. Seguíamos, então, com as nossas belezas modificadas no sacrifício do ferro quente de alisar cabelos. Conheci bem esse ingrato e doloroso tempo, que ainda não se desfez por completo. Foi então, que me surgiu Angela Davis, com a sua vasta cabelereira, símbolo de sua beleza e coragem.
Não me recordo exatamente como tomei conhecimento da existência dessa diva participante dos Panteras negras, da luta dos negros estadunidenses pelos direitos civis. Eu era uma jovem negra, moradora de uma favela belorizontina e tinha a militante afro-americana como minha ‘ídala’. Creio que recebi as primeiras informações sobre a luta dos direitos civis para os negros dos Estados Unidos do meu tio. Penso que foi ele também, Osvaldo Catarino Evaristo, que, primeiramente, me falou de Luther King, Carl Max, Malcom X e dos africanos Patrice Lumumba, Nelson Mandela e da cantora Mirian Makeba. Lembro de que, nas paredes caiadas de branco do meu pequeno quarto na casa da minha tia, rostos e gestos dessas pessoas sobressaíam moldando meus sonhos esperançosos de um futuro diferente. Quando eu contemplava a imagem de Angela Davis, com um enorme black power, o punho cerrado para cima, me fortalecia na audácia e na verdade daqueles gestos desenhados diante de mim. E fui assumindo a coroa armada de meu cabelo.
E como o tempo é circular, depois de tantas vindas de Angela Davis ao Brasil, em 2014, conheci, pessoalmente, essa minha contemporânea que me inspira tanto. Em Brasília, no Latinidades, na ocasião em que ela proferiu a conferência ‘Femininos negros e as lutas cordiais por equidade, tive a oportunidade de presenteá-la com a versão em língua inglesa, do romance Ponciá Vicêncio, de minha autoria. Pude também confidenciar a minha admiração desde cedo por ela. Confidência que foi feita muito mais por gesto do que por palavras. Meus conhecimentos do idioma inglês são apenas rudimentares. Enquanto uma amiga, Jurema Werneck, ia traduzindo parte de meu sentimento por estar, frente a frente, com a maior influenciadora ideológica de minha juventude, eu me perdia na contemplação do rosto dela. E percebia a atenção com que ela ouvia a fala de nossa intérprete, que apontava o meu cabelo, ainda black power, apenas amarrado, e que é uma lembrança da nossa juventude. A juventude aguerrida de Angela Davis desfilava diante de mim. O compromisso de sua luta, ao longo do tempo, pela dignidade, pela liberdade dos afro-americanos, notadamente, pelas mulheres, construía em mim, o discurso que eu não conseguia dizer e, muito menos, agora. A minha quase mudez era o efeito, muito mais, da emoção que eu experimentava e experimento diante dela, do que pela barreira da língua. Quando ela acolheu o meu desejo de abraço e o pedido de foto ao lado dela, consegui dizer bem baixinho, somente isso: “Muito obrigado, ‘my sister’. 
O Encontro
O Encontro nacional de Mulheres Negras foi organizado por entidades do movimento social de mulheres negras. Desde março deste ano, ativistas do campo e da cidade, das periferias, quilombolas, religiosas de matriz africana, trabalhadoras domésticas, jovens e de todas as idades, se organizaram para a atividade em Gioânia. Elas se mobilizaram pela ampliação de parcerias e redes de fortalecimento, pela manutenção e conquista de direitos e pela convergência de esforços no embate a todas as formas de opressão e submissão da mulher negra no Brasil.
As mulheres negras no Brasil são 55,6 milhões, chefiam 41,1% das suas famílias e recebem, em média, 58,2% da renda das mulheres brancas, segundo o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, séries históricas de 1995 a 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE.

No dia 09 de dezembro de 2018 fomos todas mulheres negras do Encontro para o Memorial do Cerrado passar uma manhã com as ações finais do Encontro Nacional de Mulheres Negras 30 anos: Contra o Racismo e a Violência e Pelo Bem Viver – Mulheres Negras Movem o Mundo e não podíamos deixar de registrar este momento.

Muito dialogo!!

Presença forte de mulheres guerreiras!!1

Vejam os registros. Lucilene Vitório com as amigas Mulheres do CONEN

Ajuda a construir esta história que foi de muitas mulheres negras. Escreva seu olhar sua experiência .

Pureza Lopes de Matos (GO), Clatia Regina (RJ), Marta Cezaria de Oliveira (GO)  marcando a presença da Mulheres Negras do Forum Nacional de Mulheres Negras e do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado.

Oficinas e mais oficinas.

Momentos de escuta!!!

Momentos de vivencias no Quilombo

Regina Adami- Coordenação com sua fala no evento

Mais mulheres guerreira marcando presença no Quilombo Irene, Marta Cezaria, Lucilene Vitório, ...., Sandra, ....,...., Domingas Gouvea

Roda de conversa sobre as Religiões de Matriz Africana. Isabel Cristine com o microfone fazendo sua fala

Vera Lucia dos Santos Lima (Dandara no Cerrado) na banca da Feira dialogando.

Regina Adami, Nilza Iraci e.... no Encontro de Mulheres Negras.

Rita de Cassia, Domingas, Lucilene, Sandra e Anadir Cezario registrando a entrada na Vivência Cultural no Quilombo

Anadir e a Mis PLUS

Momento de afetos e cuidados junto as trancistas

Ironildes com a Miss Afro PLUS SIZE Brasil

A turma registrando momentos coim Angela Davis

Todas querem registrar estes momentos

Momentos muito especial de partilha e dialogos.

Muita gente preta junta tá difícil de dizer o nome de todas. Mais as fotos ajudará na construção da história.

Delegações marcando sua presença, Acredito que é a turma do RJ

Benedita da Silva e Rosalia Lemos

Rosalia Lemos e Sueli Carneiro

São tantas mulheres negras guerreiras e não sei o nome de todas

Ana Jose  Alves Lopes(MS) e as companheiras marcam presença muito importante no Encontro e dão suas contribuições.

Auditório repleto de mulheres negras. Coisa linda de ver e registrar. Mas temos muito a caminhar para vencer os desafios da caminhada.

Mulheres em Rodas de diálogos constante.

Mais uma delegação registrando presença

Como é bom ver estes registros. Espero que os Estados estejam escrevendo suas histórias neste encontro.

Cada debate muita presença

Mais delegações
Sei que a Barbara Morais e a Sheila Moura estão na foto. Ajuda a escrever o nomes das demais companheiras.

Lindos painéis foram montados no ENMN

Mais uma Delegação

Refeitório


Material do Projeto Investiga Menina! distribuído pela ONG Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado na feira Cultural Afro.
Lindos registros feitos por mulheres negras no ENMN

Reverencia!!!

Grandes guerreiras!!!

Balançando as estruturas!!!


É lindo ver como se dão os diálogos durante o ENMN
Vitória Régia!!!

Momentos lindo com Janaína e tantas mulheres negras cantoras presente no ENMN


Juventude resistência e continuidade da caminhada.










































































































Nenhum comentário:

Postar um comentário